Teoria Especial da Relatividade de Einstein é levada para além da velocidade da luz

Por , em 14.10.2012

Há mais de cem anos, o célebre físico Albert Einstein alegou que nada seria capaz de se mover acima da velocidade da luz (cerca de 300 mil km/s no vácuo). “Desde a introdução da Teoria Especial da Relatividade, não tem havido muita especulação sobre a possibilidade de viajar mais rápido do que a luz”, explica o matemático Jim Hill, da Universidade de Adelaide (Austrália).

No ano passado, contudo, resultados de uma experiência realizada no CERN (centro europeu de física de partículas, localizado na Suíça) sugeriu que neutrinos (partículas subatômicas) poderiam ser acelerados, mesmo que apenas um pouco, acima da velocidade da luz. Ao tomar conhecimento dessa possibilidade, Hill e seu colega Barry Cox começaram a indagar sobre como lidar com a questão, tanto do ponto de vista físico como do matemático.

“Nosso foco é uma extensão lógica e natural da Teoria Especial da Relatividade de Einstein, produzir fórmulas sem a necessidade de números imaginários e física complexa”, conta Hill. A dupla desenvolveu fórmulas que estendem a Teoria para situações em que a velocidade relativa de um objeto pode ser infinita.

“Somos matemáticos, não físicos, portanto nós abordamos este problema a partir de uma perspectiva matemática teórica”, explica Cox. Naturalmente, eles não buscam explicar como seria possível ultrapassar a velocidade da luz (mesmo porque, atualmente, não conseguimos sequer alcançá-la com objetos acima da escala atômica), mas ajudam a prever como equações de movimento poderiam operar nessa situação.[ScienceDaily]

8 comentários

  • Alberto Campos:

    A verdade é que não conhecemos exatamente o que é a gravidade e
    não podemos raciocinar como se fosse energia eletromagnética. Dizer que agravidade deforma o tecido espaço tempo é varrer a sujeira para baixo do tapete. É dizer que o espaço tem gravidade e isso não é verdade. Matéria atrai matéria e espaço não é matéria. Matéria, são partículas inerentes do espaço. A prova desta deformação do tecido espaço tempo (imaginário) é causada por uma gravidade vinda de baixo, para deformar este tecido e provar que a gravidade é uma deformação do tecido espaço tempo (é necessário uma gravidade). Em meu entender, “Donoghue” deve sim, estar certo. Veja o conseito de gravidade de “Petr Horava” que separa o espaço do tempo. É realmente muito dificil se falar em gravidade.

    • Rodrigo Appendino:

      Matéria atrai matéria justamente porque matéria deforma o espaço.
      Não tem nada a ver falar que o espaço tem gravidade.

    • Cesar Grossmann:

      A atração gravitacional não termina nunca, ela só vai enfraquecendo conforme o inverso do quadrado da distância.

  • Paulo Galliza:

    Acredito que o próprio A. Einstein não atinou para a completa Teoria de Relatividade. Essa teoria deve ser dividida não em duas partes, Restrita e Generalizada. Mas, sim, também, em uma terceira, Especialíssima com o advento das novas observações.

  • Alberto Campos:

    Velocidade superior a da luz. Segundo “Donoghue”, é possível que a velocidade da gravidade seja superior a velocidade da luz. Eu acho que esta velocidade é instantanea. Como exemplo, eu cito o caso de dois corpos presos por uma corda e girando no espaço, mantendo a corda esticada pela força centrífuga. Se esta corda for cortada ou se partir, será como se faltasse a gravidade e neste caso os dois corpos serão lançados para o espaço, instantaneamente, independente das distancias entre os corpos ou do ponto onde a corda se rompeu. Isto poderia explicar o caso do entrelaçamento quantico (será que estou certo?).

    • Cesar Grossmann:

      Alberto, para verificar se é assim mesmo, você precisa de uma corda com alguns anos-luz de comprimento… Uma corda pequena tem dimensões muito diminutas para que a diferença entre as velocidades da luz e da gravidade possam ser percebidas ou evidenciadas.

      De qualquer forma, o rompimento de uma corda não é a mesma coisa que o desaparecimento da força da gravidade.

      Uma maneira simples seria observar um sistema binário de estrelas de nêutrons, e verificar se a distorção gravitacional corresponde à imagem que vemos do par binário. Por exemplo, se você se encontrar a certa distância, e ver uma estrela eclipsando a outra, ou seja, as duas em linha, a gravidade que você percebe deve corresponder a esta situação. Se não corresponder, significa que o que você vê, ou seja, a imagem que chega até você (velocidade da luz), viaja mais rápido ou mais lento que as distorções do tempo-espaço (velocidade do campo gravitacional).

    • Bianca Souza:

      Na verdade é exatamente por causa desse problema que Einsteim elaborou a Teoria da Relatividade Geral, que é uma consequência da Relatividade Restrita. Ela sugere que a gravidade não pode ser uma força de atração da forma que pensamos, já que sua ação é instantânea e o instantâneo precisa de velocidades infinitas. Assim, a gravidade resultaria de deformações no espaço-tempo ocasionadas pela massa dos corpos. Seria como uma bola em um tapete. A deformação seria a gravidade. No caso, o entrelaçamento ou emaranhamento quântico não tem nada a ver.
      🙂

    • Henrique Pereira:

      Alberto, acho que esse vídeo explica sua dúvida
      PS: vídeo em inglês
      http://www.youtube.com/watch?v=Do1lm9IevYE&t=5m4s

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