Terra é cercada por menos asteroides periogosos do que se pensava

Por , em 5.10.2011

Os filmes de ficção assustam quando mostram as destruições gigantescas causadas pela colisão de um asteroide com a Terra. E, como todo filme de ficção, sempre deixa a dúvida: isso pode mesmo acontecer?

Com certeza. Mas, para nossa alegria, um telescópio espacial da NASA que meticulosamente mapeia todo o céu tem encontrado menos asteroides potencialmente perigosos orbitando perto da Terra.

A descoberta reduz significativamente o número de asteroides de médio porte próximos da Terra a 19.500 – quase 50% das 35 mil rochas espaciais estimadas – e sugere que a ameaça de asteroides perigosos pode ser um pouco menor do que se pensava. Ainda assim, existem milhares de outros asteroides que continuam a ser encontrados e que podem medir até 3.300 metros de largura.

Pesquisas adicionais também precisam ser realizadas para determinar se menos asteroides de tamanho médio significam menos asteroides perigosos, que poderiam passar perto demais da Terra.

Asteroides medindo cerca de 140 metros de largura podem causar danos generalizados em torno do local do seu impacto, mas rochas espaciais muito maiores teriam que atingir a Terra para causar uma devastação global.

O Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE) da NASA, um telescópio espacial infravermelho, mapeou a população de asteroides perto da Terra e em outros lugares no sistema solar. A pesquisa, que a NASA diz ser a mais precisa já realizada, também reduziu o número estimado de asteroides gigantes – rochas espaciais do tamanho de uma montanha – próximos da Terra de 1.000 para 981.

O risco de um asteroide muito grande impactar a Terra antes que pudéssemos encontrá-lo foi substancialmente reduzido.

Até o final da missão estendida do telescópio WISE, chamado NEOWISE, no ano passado, os astrônomos haviam encontrado 90% dos maiores asteroides perto do nosso planeta.

O telescópio espacial mapeou o céu inteiro duas vezes entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2011, levantando os asteroides próximos da Terra, as anãs marrons, galáxias e outros objetos do espaço profundo. Como parte da pesquisa, o observatório espacial identificou as rochas espaciais que orbitam até 195 milhões de quilômetros do sol – a Terra orbita a 150 milhões.

A missão do telescópio descobriu mais de 100 mil asteroides até então desconhecidos no cinturão entre as órbitas de Marte e Júpiter. Ela avistou 585 asteroides em órbitas que os traziam para perto da Terra.

A NASA anunciou recentemente um plano para lançar uma missão, chamada Osiris-Rex, a um asteroide em 2016. A missão de mais de um bilhão de reais vai de encontro com um asteroide potencialmente perigoso, conhecido como 1999 RQ36, para coletar amostras e enviá-las à Terra em 2023.

Os cientistas estão interessados no asteroide porque ele é composto à base de carbono, que compõe os blocos de construção da vida como a conhecemos. Ao estudar amostras da rocha espacial, os pesquisadores poderiam obter mais informações em como a vida se originou em nosso planeta, além de entender a melhor forma de prevenir as colisões de asteroides com a Terra. [Space]

3 comentários

  • Magda Patalógica:

    Folgo em saber.
    Mas prefiro manter um pézinho atrás.

    Fui

  • Jonatas:

    Temos sortes por serem astros de pequeno porte, estaríamos mais capacitados, dependendo do prazo, a desvia-los de rota de colisão. Muitos filmes usaram os asteroides como temas de filmes e um dos melhores achei o “Impacto Profundo”, o cometa era mais ou menos do tamanho dos maiores astros citados na reportagem. O pior que achei foi o “Armagedon”, um asteroide daquele tamanho não existe nem perto da Terra e só existe UM no interior do sistema solar, o Ceres, seguramente muito bem afastado… e outra, nem todas as bombas atomicas juntas afetariam um astro desse tamanho nem a sua trajetoria. Mas para o cinema americano que faz filmes onde se usa uma explosão nuclear pra deter um terremoto 10.2, tudo é possível… Vejam a Terra, fica na zona habitavel, tem um Sol relativamente estável, tem uma Lua que ajuda no dinamismo do clima e das marés, e um planeta gigante Jupiter que segura a maioria dos asteroides longe daqui e de sobra ainda engole cometas que poderiam chegar perto daqui. O acaso tem nos protejido até agora, mas precaução nunca é demais.

    • Jonatas:

      Corrigindo, Ceres não é mais asteroide, é um planeta anão. Tem 975 km de diâmetro e certa presença de gelo de água. Supõe-se uma leve atmosfera e gêysers nos pólos, e um interior com potencial estudo por parte da astrobiologia, especula-se. Será vizitado pela sonda Dawn em 2015

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