Toma remédios por muito tempo? Não pare de tomar

Por , em 7.11.2011

Farmacêuticos alertam que pessoas que param de tomar medicamentos de um tratamento a longo prazo durante uma “desintoxicação” porque acham que isso vai fazer bem para elas podem acabar se prejudicando seriamente.

Uma nova pesquisa com mais de mil pessoas descobriu que um quinto dos entrevistados achava que poderia ser benéfico se “desintoxicar” de medicamentos caso estivessem tomando os remédios há muito tempo.

A prática de passar por uma desintoxicação tem se tornado mais comum nos últimos anos, embora seja mais comumente aplicada a abster-se de alimentos não saudáveis, ou parar de beber ou fumar.

Segundo Leyla Hannbeck, chefe de informação da Associação Nacional de Farmácia, diz que há muita incompreensão sobre como os medicamentos funcionam no corpo das pessoas.

“Se ‘desintoxicar’ de tratamentos de longo prazo pode na verdade prejudicar seriamente a saúde”, explicou Hannbeck. “Para alguém com asma, diabetes ou depressão, os resultados disso podem ser catastróficos”.

Os pesquisadores incentivam as pessoas que tomam medicamentos a longo prazo a perguntar ao seu farmacêutico de que forma é melhor proceder.

“A maioria das farmácias têm agora áreas de consulta, onde você pode sentar e conversar com o farmacêutico. Os benefícios de uma conversa franca e completa com um farmacêutico sobre os medicamentos podem ser enormes – você vai tirar o máximo proveito deles e terá menos probabilidade de sofrer danos por uso inadequado”, aconselha Hannbeck.[Telegraph]

4 comentários

  • Ana Suzuki:

    Levando em conta que os convênios pagam muito pouco aos médicos, é fácil constatar que eles, fazendo valer a quantidade de consultas, mal têm tempo de olhar para o paciente e por isto prescrevem muitos exames. Assim sendo, vamos ao médico para que ele facilite o diagnóstico. Mas, pelo jeito, eles também não têm tempo para estudar as interações medicamentosas e, frequentemente, receitam algo que vai “brigar” com a receita de outro especialista. Encontrar um farmacêutico de confiança é o que há de bom para o paciente,
    que vai ficando impaciente.

  • Etzel:

    Na verdade eu sempre tive receio quando peço ajuda a um farmacêutico,sempre achei que o médico quem realmente sabe de remédios. Foi bom saber disso Marcus Sanglard.

  • Marcus Sanglard:

    Geralmente as pessoas só buscam o farmacêutico como alternativa aos médicos, evitando pagar por um serviço que podem obter de graça.
    O certo seria se diagnosticar com um médico e buscar o tratamento farmacológico com um farmacêutico, afinal nós estudamos por toda a vida sobre ação dos medicamentos, sua aplicabilidade, efeitos, mecanismos de açâo, reaçôes adversas, interações com os medicamentos e alimentos, etc… logo, ninguém melhor que o farmacêutico para indicar qual o melhor tratamento para cada paciente.
    Isso nos permite aplicar a “atenção farmacêutica” que é tão presada por nós.
    segundo um estudo realizado em hospital em Minas, após analizadas as prescrições “foram registrados 7.148 MPP (medicamentos potencialmente perigosos) em 4.026 prescrições nas quais se observou algum tipo de erro em
    3.177 (44,5%).Os erros relativos à concentração dos MPP somam 1.900 (59,8% do total registrado). Os erros que acontecem com esses medicamentos, quando ocorrem, possuem severidade alta e podem levar a lesões permanentes ou serem fatais” (ROSA, 2009).

    • Marcos:

      Concordo com sua visão Marcus Sanglard.
      Os profissionais da área médica são superestimados na nossa sociedade. Existe uma suporte forte que sustenta valores altos para os estudos e materiais, restringindo o acesso.
      Sua assinatura e palavra tem uma valor enorme.
      Na maioria das vezes questionável.
      O sistema de saúde talvez ficasse mais simples e acessível se não houvesse essa pompa toda.
      Não faz sentido um grupo de profissionais se auto intitularem doutores sem ter um doutorado. Isso demonstra de cara a petulância. E o povão assina embaixo.

      Sempre contei com farmacêuticos para me orientar sobre medicamento. E na prática, sempre me foram muito mais úteis que médicos em uma consulta.
      Não estou querendo desvalorizar o papel do médico, mas que ele deve ser repensado, deve. O enfermeiro e o farmacêutico possuem papel igualmente (ou mais) importante.

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