Trajeto para o trabalho é mais estressante para as mulheres

Por , em 31.08.2011

A menos que você consiga ler durante um trajeto de ônibus, a viagem pode parecer mais longa do que deveria quando você está indo para o trabalho. Isso quando é possível abrir um livro, no caso dos ônibus ou metrôs lotados. Ficar preso no trânsito pode ser uma tarefa mais desgastante; não é divertido para os homens, mas é ainda pior para as mulheres.

Pesquisadores analisaram dados de adultos empregados entre 18 e 65 anos, e descobriram que apesar do deslocamento médio diário das mulheres ser ligeiramente mais curto do que a média masculina, a viagem prejudica mais a saúde mental delas.

Para todos os trabalhadores, o comprimento do trajeto para o trabalho tem aumentado nos últimos 15 anos. Comparadas aos homens, as mulheres geralmente viajam quatro minutos a menos em cada sentido, mas enquanto elas se estressam mais com a situação, a maioria dos homens não é afetada pela viagem.

Não é que as mulheres gostem menos de dirigir ou alguma coisa parecida. O que os pesquisadores sugerem é que como as mulheres têm uma maior responsabilidade nos afazeres domésticos diários – desde deixar as crianças na escola até os serviços domésticos – elas são mais sensíveis ao tempo gasto com atividades pendulares.

Muitos estudos mostram que, apesar das mulheres terem empregos mais longos, elas ainda são mais responsáveis por mais tarefas domésticas, de forma geral. Além do trabalho fora de casa, elas acumulam os trabalhos domésticos.

O estudo mostrou que as mulheres com crianças em idade pré-escolar são as mais atingidas no deslocamento para o trabalho, o que sugere culpa por parte de estarem perdendo tempo longe de seus filhos.

Os pesquisadores indicam que gastos de tempo secundários serão menos estressantes para as mulheres quando seu status no mercado de trabalho melhorar, e a partir do momento em que os homens começarem a assumir mais tarefas domésticas e cuidados com as crianças. Estaria essa total igualdade de gênero longe da realidade?[Jezebel]

4 comentários

  • Laura Macedo:

    eu adoro dirigir e xingar FDP que me estressa no transito.. fora isso eu nao to nem ai…

  • Skill:

    Sempre a mesma desculpa…

    Os cientistas chegam com uma conclusão que a mulher de fato tem menos resistencia aos stresses causados pela correria da vida na rua.
    Depois vem com desculpas que já são esfarrapadas: “…é que elas fazem outras coisas”…”pensam no filhos”…blá blá..blá.

    A verdade mesmo é de cara: este cenário industrial, economico etc…foi criado por homens. Com mentalidade e interessação masculinas.

    Para a mulher sobreviver ou sentir menos impacto na vida o sistema deve mudar. O sistema criado por homens e sua resistencia deve ser mudado para aceitar as mulheres que não são adptaveis a isto.

    Por exemplo: horario flexivel para o trabalho para elas.

    Digo mais: Não sei e não entra na minha cabeça os motivos que as mulhres se gabam de tentar e competir com os homens nestes ambientes hostis a saúde mental e fisica.

    Competir em empresas com alto nível de stress e quando se é na linha de produção, conviver com produtos quimicos, ler, dort, etc…pra mim há pessas espertas que enfiaram goela abaixo este papo furado na cabeça das mulhres…que agora morrem e sentem sequelas aos montes.

    Quem é o retardo mental que trocaria o lar (que todo mundo corre e não ve a hora de chegar depois do trabalho) para ir a uma empresa ou escritório???!!!!

    Quem trocaria a convivenvia com os filhos por escritório???

    No passdo quando pensei que as mulheres estavam para mudar o mundo com sua emancipação fiquei maravilhado, pensei que elas buscariam meios de melhorar o ambiente de trabalho para os seus filhos e maridos e logo para elas também.

    Mas que!!!!!!!!!!!!!!!…decidiram (graças a midia) entrar no ambiente de trabalho sujo eperigoso que esta e não mudaram nada!

    Agora..se ferrem como nós homens…rsss

    • Dai:

      Concordo em partes.

      Mulheres vão para a indústria ou escritórios, não para “fugir” de seus filhos, mas para ter uma independência e não depender de seus maridos, que uma hora ou outra irão jogar isso na cara delas (que eles sustentam a casa, trabalham o dia inteiro para dar “tudo” o que ela quer e por aí vai).

    • Angela:

      Não é assim, como se fosse uma escolha nossa…Quem pagará minhas contas? Quem manterá a minha casa? Para as duas opções: ficar em casa cuidando dos filhos ou dar um “pé na bunda” do mundo corporativo, quem paga minha luz, minha comida, estudos pra meu filho, saúde…o governo? Pffff, nem quero entrar nesse mérito. O pai? Hoje em dia não é facil criar filhos com um salário só, ainda mais nas atuais configurações familiares, onde temos mais de 50% de mães casadas sustentando lares e uma taxa enorme de mães solteiras…

      Concordo que nós mulheres devemos criar nossos perfis de empresas e penso que isso está em evolução. É mudança de cultura, e usualmente demora….tenho esperança, como muitas muheres e mães.

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