Tremor na Nova Zelândia deixa três vacas encalhadas em um pedaço de terra

Por , em 17.11.2016

Imagens de helicópteros capturadas sobre as terras demolidas da cidade de Kaikoura, na Nova Zelândia, revelaram três vacas encalhadas após um terremoto devastador de magnitude 7,5.

O tremor, que ocorreu na segunda-feira 14, deixou as três vacas (incluindo um bezerro) ilhadas em um pequeno trecho de grama, conforme tudo em torno dos animais se desintegrava.

Estima-se que a “ilha” tenha entre 50 e 80 metros de diâmetro.

Vivas

O fazendeiro dono das vacas, que decidiu permanecer anônimo, disse que conseguiu salvar 14 animais no total, incluindo esses três.

Enquanto as vacas tiveram que ficar suspensas em meio ao caos por um dia enquanto a segurança da área era avaliada, elas já foram resgatadas, e a internet pode respirar aliviada.

Mas nem tudo são boas notícias. Apesar das vacas terem saído dessa provação mais ou menos ilesas, duas pessoas morreram e mais de 1.000 foram separadas de suas casas na Ilha Sul do país.

Risco

Vários tremores secundários com magnitude de 6,0 ou mais percorreram a área em seguida do terremoto, e as estradas de Kaikoura foram fechadas. Os trens e o abastecimento de água também não estão funcionando.

O tremor inicial foi tão maciço que o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), a mais de 18.000 km de distância na Suíça, registou um “bamboleio” de 0,1 mm:

lhc-tremor-nova-zelandia
Infelizmente, esse pode não ser o fim da destruição para os locais. Especialistas advertem que a força dos abalos secundários pode indicar outro terremoto a ocorrer a qualquer momento nos próximos 30 dias.

“Atualmente, calculamos uma probabilidade de 12% de um terremoto de magnitude 7 ou maior no dia seguinte e 32% nos próximos 30 dias”, disse John Ristau da GNS Science, empresa de pesquisa e consultoria de geociências da Nova Zelândia. “Um terremoto como este pode aumentar o risco de um grande terremoto nas proximidades, embora também possa diminuir o estresse em uma falha próxima e enfraquecer o risco”. [ScienceAlert]

Deixe seu comentário!