Trio de estrelas vermelhas intriga astrônomos

Por , em 13.04.2011

O telescópio Kepler fez uma descoberta recentemente que tem intrigado os cientistas: três estrelas foram observadas “dançando” graciosamente, mas desacompanhadas de melodia.

A maioria das estrelas gera grandes sons em seu interior enquanto orbita, e o Kepler é capaz de detectar a mudança resultante disso na luz que elas emitem.

O estudo dos sons dentro das estrelas é conhecido como astrosismologia. O Kepler já mediu o “som” de mais de 500 estrelas. Conforme os processos de convecção dentro das estrelas movem massas de material a partir do núcleo, ondas de grande pressão (em essência, ondas sonoras de frequência muito baixa) são criadas.

Como os gases são comprimidos e rarefeitos, mudanças de temperatura levam a mudanças na luz que sai das estrelas. Os sons dentro das estrelas oferecem pistas sobre elas, e podem ser inferidos a partir dessas pequenas mudanças na “curva de luz” que os telescópios medem.

No entanto, os astrônomos afirmam que uma nova gigante vermelha identificada é inesperadamente quieta. A HD181068A é orbitada por duas estrelas menores, anãs vermelhas, que orbitam uma a outra.

Isso já é um caso incomum – o sistema “triplamente eclipsar”. Do ponto de vista de Kepler, as duas estrelas binárias menores passam em frente uma da outra à medida que orbitam, passando na frente da gigante vermelha.

Essas conclusões vêm das quantidades minúsculas de luz bloqueadas por cada estrela que o Kepler mede. Não é a primeira vez que um sistema eclipsar triplo é identificado; a honra vai para KOI 126, descoberto em fevereiro.

Mas o silêncio da nova gigante vermelha confundiu os pesquisadores. Segundo eles, a estrela deveria pulsar. Toda gigante vermelha mostra algumas oscilações (a superfície deve mostrar algumas ondas na curva de luz) que podem ser estimadas. A HD181068 não mostra.

Os cientistas acreditam que as forças gravitacionais que trabalham entre as três estrelas podem “amortecer” essas oscilações na superfície da gigante. Isso porque as duas estrelas menores orbitam uma a outra em 0,9 dias, enquanto o esperado período de oscilações entre os sons da gigante vermelha é quase exatamente a metade. Pode ser que o par binário pare as oscilações da gigante vermelha passando pela superfície da estrela nos momentos certos.

Outros astrônomos têm teorias diferentes. Quando as estrelas estão em um sistema binário ou triplo, e uma delas queima todo seu hidrogênio e se torna uma gigante vermelha, se estiver perto o bastante pode começar a “doar” uma parte de seu material para outras estrelas. Esta é apenas uma evidência circunstancial, mas talvez a estrutura interna da gigante não seja mais a mesma, o que de alguma forma afeta sua capacidade de pulsar.

De qualquer forma, as descobertas de Kepler significam que outros exemplos de sistemas deste tipo podem aparecer em breve. Eles não devem ser tão raros, e provavelmente os cientistas vão descobrir mais sobre eles daqui uns anos, podendo dar melhores explicações a respeito. [BBC]

22 comentários

  • Cristiano:

    Sou completamente leigo em quase tudo aqui… Acho o Universo um espetáculo, um laboratório colossal no qual nós não conhecemos nem uma pequena fração. Contudo, fico triste ao ver que no meio científico (ou mesmo aqui) ainda há controversias que baixam o nível da discussão. Não estou julgando ninguém, apenas dando minha ideia de que a ciência se constrói também pela dúvida, que gera vários caminhos, nos quais cada um escolhe e julga o mais “certo”.

  • Pensador®:

    Incrível.

  • Glauco:

    Mas eu gostei das idéias de palestras em outro Universo…

  • Glauco:

    Mauro,
    Não sou dono de nada, simplesmente repito o que meus autores preferidos dizem.

    Não tenho culpa se as verdades que aprendo são tão diferentes das suas. Mas fico com as minhas.

  • MAURO:

    Esse tal Glauco é um alienado. Ou seria alienista? Parece se julgar o dono da verdade. Você está se perdendo cara. Deve ir morar e dar palestras em outro Universo.

  • Glauco:

    Wikipedia… o maior emburrecedor de intelectualistas…

  • Glauco:

    PredadorXD,
    Nao me venha com wikipedia, por favor.

    Va vc aprender a encontrar informacao direito e depois venha conversar comigo.

    Estamos falando de regioes do espaco proximas a estrelas, e nao distantes.

  • PredadorXD:

    @Glauco “O espaço não é propriamente vazio, ele contém infinitesimais quantidades de partículas subatômicas vagando velozmente, e à medida que se afasta de uma estrela, este quase vácuo tende a ser mais rarefeito ainda.” wikipédia. Vai estudar antes de sair falando besteiras.

    Você nem sabe porque os cientistas não aceitam essa teoria das correntes elétricas…

  • Glauco:

    Andrenson Santos,
    Sabe o q falta prá resolver a questão das altas temperaturas da Coroa Solar?
    Os astrônomos assumirem que existem correntes elétricas no espaço.
    Assumindo isso, teríamos uma explicação muito mais simples e elegante para a fusão do Hidrogênio no Sol, a presença de raios-x no nariz dos cometas, o clima na Terra… e, como nós sabemos, quanto mais simples e elegante a Teoria Científica, mais próxima da realidade ela é.

    Infelizmente eles insistem que não existem correntes elétricas no espaço pois no vácuo elas não possuem condições de existirem. Bem, quem foi que disse que o espaço é só vacuo com todas as partículas eletricamente carregadas que são emanadas constante do Sol a bilhões de anos? Comentei isso com meu professor de Física e ele ficou intrigado.

    Mas se eles preferem gastar dinheiro com baboseiras… fazer o q…

  • Andrenson Santos:

    Bem eu achei intrigante a polêmica levantada pelo amigo Glauco: é importante nós analisarmos as possibilidades e não refutarmos preconceituosamente de antemão elas, apesar de eu ter certeza quase que de forma absoluta que o Hélio ser formado no núcleo e não na Heliosfera.
    Ao Glauco um raciocínio simples: Perceba que quanto mais pressão maior a temperatura,logo no núcleo de estrelas (e o Sol possui 99% da massa do sistema solar)as temperaturas são absurdamente colossais o que não me estranha dizer que lá nesta condições excepcionais de temperatura e pressão os átomos de Hidrogênio se fundam em Hélio (Se na Terra que possui uma massa ínfima de 1/332900 em relação ao Sol o nosso núcleo já atinge quase 6.000C° imagine no núcleo de uma estrela!).
    Aos demais: realmente eu sempre torci o nariz para as teorias que tentam explicar as temperaturas colossais que são atingidas da superfície fria do Sol(com temperaturas aproximadas ao do núcleo da Terra) até as sua camada mais externa, a Coroa Solar, com seus 2 milhões de °C, que tentam explicar geralmente que o campo magnético da estrela aquece o H e o He ao mesmo tempo que os expulsa de sua superfície para o espaço através das espículas, de maneira geral. Eu não acharia absurdo dizer que o aumento de temperatura provocado pela ação magnética TAMBÉM provocaria a fusão de alguns átomos de H em He,o que provocaria a liberação de energia, o que aumentaria mais ainda a temperatura na área e ocorreria um efeito cascata, tipo como ocorre aqui na Terra ao lançarmos uma bomba atômica no processo inverso de fissão nuclear ou o simples ato de incendiarmos uma ponta de uma folha papel e a naturalidade com que ela seja consumida em sua totalidade em condições normais.

  • Glauco:

    César,
    Claro que meu post foi para a moderação.

    Não tem nada a ver com ocultismo. Gosto de ciências. Portanto, faça as contas: E=MC2. Descubra quanta energia do Sol atinge a Terra diariamente, faça o resto da conta dessa fórmula muito simples que nosso amigo Einstein desenvolveu, e vc vai descobrir que a quantidade necessária de massa (matéria) para que sua energia chegue em forma de calor até a Terra durante bilhões de anos é muito, mas muito maior do que a massa total do Sol. Ou seja: o combustível de fusão solar é externo, não interno. O Sol deveria ter o diâmetro de todo o Sistema Solar (ou mais) prá continuar aceso depois de tantos éons.

  • Glauco:

    César,

    O ocultismo na verdade fala sobre as estrelas sendo planetões, e não massas de gases em fusão nuclear.

    Entretanto, é impossível usar o ocultismo nessas questões, afinal dá prá medir perfeitamente as características do Sol, por exemplo, sem ter que apelar prá clarividência, viagens astrais ou coisas do tipo.

    Portanto fiquei neutro por muito tempo, afinal a ciência oficial tinha uma explicação muito melhor sobre o funcionamento das estrelas.

    Até eu encontrar o Prof. McCanney, Físico Nuclear e Matemático formado pela Universidade de Maryland. Ele não é ocultista, é cientista, e demonstrou claramente que a fusão do hidrogênio não ocorre na superfície, mas sim na atmosfera das estrelas devido às grandes descargas elétricas que ocorre nelas. Todo o modelo que explica esse funcionamento de forma totalmente científica já está pronto a mais de 30 anos, e qualquer um que se dedique a ouvir seus programas semanais de rádio por um ano fica totalmente convencido que os cientistas nos enganam. E você também entende porque eles fazem isso.

    Mas eu sei que vocês são um bando de preguiçosos que tem medo de aprender coisas novas ou de cometerem erros, afinal vocês acreditam que todos os erros possíveis e imagináveis os cientistas já cometeram ou estão por cometer, portanto basta ler os resumos deles nas revistas e tá tudo certo. Preguiça mental é isso aí.

    Entretanto, se alguém aqui ainda quiser pensar um pouco, faça as contas: E=MC2. Descubram quanta energia do Sol atinge a Terra diariamente (acho q tem na Wikipedia, prá qm gosta dakele lixo), faça o resto da conta dessa fórmula muito simples que nosso amigo Einstein desenvolveu, e vc vai descobrir que a quantidade necessária de massa (matéria) para que sua energia chegue em forma de calor até a Terra durante bilhões de anos é muito, mas muito maior do que a massa total do Sol. Ou seja: o combustível de fusão solar é externo, não interno. O Sol deveria ter o diâmetro de todo o Sistema Solar (ou mais) prá continuar aceso depois de tantos éons.

    Haha! Quero ver quem vai ser o astrofísico pai-de-todos que vai conseguir explicar isso com esse modelo porco de fusão nuclear no núcleo das estrelas!!!

  • Glauco:

    Bruno Junklaus e Yagor,

    Não tô nem aí prá vcs 😛
    Nem voto contra.

  • Homem de Barro:

    Ei Cesar,você é uma comédia,e seus amigos tambem,ficam todos nervozinhos só porque alguem fala de Deus

  • yagor ribeiro:

    kkkkkkkkkkkkk… Esse Glauco, me faz rir tanto! haushuahsuahsua…

    Marte! seu versinho saiu bem legal! :]

  • sueli:

    será que nunca vai deixar de existir novidades no nosso sistema ?? quando a gente pensa que já viu tudo, aparece mais uma… interessante isso??!!!

  • Eduardo:

    Também gosto dos seus comentários, sr. Cezar. E fico intrigado (tanto quanto os cientistas acima) com a quantidade de gente que dar explicação religiosa para fenômenos físicos.

    Eu fui ensinado a não confiar em gente misteriosa e que se esconde, mas essa galera aí adora dizer que confia em deus.

    Será?

    • samdimitry:

      Falar de Deus é muito complicado para quem não crê nele – (é ignorância falar ou mesmo pleitear cousa sobre o que não se conhece ou domina!). Acredita-se que um Deus todo poderoso é coisa de quem não tem cultura ou qualidades acadêmicas.

      Mas muitos cientistas que você e muitos outros idolatram tinham a crença que um Deus, um ser muito superior existia; Albert Einstein, André Marie Ampere, Carl Friedrich Gauss, Isaac Newton, James Prescott Joule, Thomas Alva Edison, William Thomson Kelvin e muitos outros que fizeram a base da ciência que você hoje admira.

      Qualquer individuo sabe que informação não surge do nada, a quantidade de informação em níveis quânticos ultrapassam qualquer expectativa de medida. É mais fácil acreditar que tudo veio do nada? É preciso tanta fé para se crer nisto tanto quanto para se crer em Deus.

      Mas ai vai uma pergunta para você, quem disse que desde a flutuação quântica até a matéria base e o estabelecimento das quatro forças um Ser criador que não obedece ao tempo como conhecemos (visto que ele criou o espaço/tempo) não estava manipulando todos estes eventos e colocando suas leis e mecânicas (muitas ainda completamente desconhecidas) durante estes 13,7 bilhões de anos?

      Se pensa erroneamente que a criação de todas as coisas durou seis dias, mas sabemos por E=MC2 tudo era energia, fora preciso bilhões de anos para a matéria como conhecemos vir a existir, dai a importância de se poder estudar, medir e detectar o bóson de higgs.

      Pense também em quanta sorte fora preciso para que a terra mantenha a vida por tanto tempo. Seria isto sorte do acaso ou algo planejado? analise estes fatores; quantidade exata de massa, oxigênio, de outros gases, tectonismo, distancia da estrela hospedeira, um vizinho robusto (Júpiter), longe do centro galáctico, uma estrela em equilíbrio, uma magnetosfera, camada de gazes de ozônio, e todos os meios complexos que sustentam a vida, isto falando por alto … será que tudo isto se deve a puro acaso sem que tenha existido nenhuma interferência?

      Um abraço pra você e boa introspecção!

  • Marte:

    3 estrelas dançando graciosamente, mas sem melodia. Cara, isso é poesia!

  • Bruno Juncklaus:

    É isso aí Cesar, tú és o cara que mais fala coisa cientificamente correta aqui, e isso constantemente!

    Glauco adora uma teoria da conspiração huahuah

  • Cesar:

    Glauco, até onde eu sei a nucleossíntese estelar acontece no núcleo, e não nas partes altas da atmosfera (heliosfera, na verdade). E “explicação ocultista”? Isto para mim é sinônimo de “mentiras inventadas por quem quer aparecer”.

  • Glauco:

    “(…)Conforme os processos de convecção dentro das estrelas movem massas de material a partir do núcleo, ondas de grande pressão (em essência, ondas sonoras de frequência muito baixa) são criadas.(…)”.

    O processo de fusão das estrelas ocorrem na superfície (na verdade nas parte altas da atmosfera), e não no núcleo. Portanto, a explicação que eles comumente usam para sons saídos de estrelas não batem.

    Felizmente existe uma explicação ocultista prá isso tudo =D

    Pobre ciência bilionária a desses cientistas…

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