Pesquisa mostra que as pessoas ficam menos satisfeitas com a vida no Natal

Por , em 26.12.2015

Hoje é Natal. Como você está se sentindo? O Brasil é um país em sua maioria cristão, então, presume-se que as celebrações estão deixando as pessoas mais felizes. Mas esse pode não ser o caso.

De acordo com um novo estudo alemão, muitos europeus não sentem alegria no período em torno do Natal. Pelo contrário; se sentem desanimados e estressados. Somente os muito religiosos são a exceção a esse padrão.

A pesquisa

Michael Mutz da Georg-August-Universität Göttingen, na Alemanha, analisou dados de grande escala do Inquérito Social Europeu em onze países historicamente cristãos: Bélgica, Estônia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido.

Os entrevistados disseram quão satisfeitos estavam com suas vidas e como classificavam seu estado emocional em diferentes ocasiões. O pesquisador, então, comparou as respostas do período pré-Natal (dezembro 16-26) e pós-natal (27-31 de dezembro) com as respostas de períodos em outras épocas do ano (exceto julho e agosto).

Em geral, os entrevistados mostraram significativamente menos satisfação com suas vidas em torno do Natal, experimentando mais emoções negativas do que em outros momentos do ano.

No entanto, este não foi o caso entre os cristãos muito religiosos, que responderam que se sentiam mais positivos e contentes com a vida durante o período de preparação para o Natal. Além disso, as pessoas com níveis mais elevados de educação ou com crianças em casa também tendiam a lidar melhor com esse período de feriados comemorativos.

Tristeza de natal

De acordo com Mutz, os resultados do estudo não demonstram que os cristãos são completamente imunes aos efeitos do Natal sobre as emoções das pessoas. Eles só parecem menos afetados do que pessoas não religiosas.

O pesquisador sugere que os níveis mais baixos de satisfação com a vida e bem-estar emocional observados podem ser consequência das tensões envolvidas no período pré-natal – como a compra de presentes a tempo e o cumprimento de obrigações sociais -, além de uma crescente cultura material de consumo, com suas preocupações financeiras relacionadas, que cercam o período festivo.

“As pessoas com filiação cristã e um forte sentimento de religiosidade celebram o Natal de forma diferente do que a maioria dos não cristãos. Pode-se supor que estes indivíduos sejam menos propensos a se tornar absorvidos pelo consumismo que precede os feriados”, afirma Mutz.

“Filiação religiosa cristã é um fator protetor contra o declínio geral de bem-estar subjetivo em torno do Natal”, conclui. [ScienceDaily]

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