Um ciborgue da vida real que consegue “ouvir cores”

Por , em 8.06.2010

Conheça Neil Harbisson, um cara de 28 anos que tem uma condição chamada achromatopsia – o que quer dizer que ele vê apenas em preto e branco. Mas, como você pode perceber pela foto do sujeito, ele tem uma câmera na cabeça. A engenhoca consegue converter as cores em ondas sonoras permitindo que Neil “ouça” as cores das coisas.

Harbisson não via cor nenhuma até conhecer um colega engenheiro que desenvolveu a câmera para ele. Agora ele estuda artes e faz trabalhos que vão além do visual. O quadro abaixo, por exemplo, é a interpretação de Neil de uma composição de Bach em Ré menor. Basicamente ele ouviu cada nota e a comparou com a vibração que recebia de cada cor, colocando tudo na tela.

Harbisson, de sua forma peculiar, consegue sentir 360 cores. Legal seria se nós também pudéssemos ouvir a arte dele, junto com o trabalho visual. [Gizmodo]

11 comentários

  • Victória:

    Depois de procura na internet tempos atrás acho que sou sinética porque vejo manchas de cores diferentes na frente das coisas quando ouso sons específicos,estranhamente vejo movimento quando vejo a imagem dessa matéria!muito interessante!

  • Júlio:

    Gente… se eu estiver com os olhos vendados e alguém falar, eu posso ouvir as cores… não é estranho????

    • Lucas Nicoloso:

      Se tu já estudou Espectro e Nível Sonoro em Física/Química é possível sim, agora se tu ta sendo irônico com a matéria e com o rapaz que possui esta deficiência, só te soletrarem o nome da cor, e olhe lá…

  • Cesar:

    Que confuso… para mim. Eu não sou o Cesar que disse que é sinestésico. E, como você disse, Guaraná, o cara não é sinestésico. Mas existem sinestésicos que ouvem cores, ou não?

  • DeathtoBarbie:

    Nossa muito interessante

  • Cesar:

    Eu sou sinestésico.. eu sinto o gosto de cores.. desde criança sou assim. Lembro que quando me perguntavam qual cor eu mais gostava eu sempre respondi pelo gosto e não pela visual. O very hard da situação é que cores femininas são mais gostosas que as masculinas, o que me fazia sempre optar por rosa, roxo, lilas, e isso nunca foi bem visto na infancia. Quando descobri minha condição de sinestesia, fui à alguns psicologos e talz, hoje convivo bem com tudo isso, apesar de que minhas camisas ainda são cor de rosa e roxo. =P

  • Manuel:

    LEGAL!

  • Renato Bueno:

    Será que os sons tem as mesmas cores para todos?

    Um Mi vai ter as mesmas cores para todos os sinestésicos (?) ?

    ou será que o cérebro interpreta de maneira diferente; pra mim o Mi poderia ser azul e para você laranja?

    Já pude experimentar o estado de ver sons, mas a quantidade de cores era muito grande (relativa a quantidade de som), e na época não sabia nada sobre o efeito. Gostaria de experimentar outra vez…

    Quem sabe com salvia?

    • Jean Carvalho:

      Cla, sei q existe uma relação entre a frequência de vibração das cores e das notas… a nota Mi, se não m’ engano, corresponde ao laranja, e a nota Ré ao vermelho (ou as variações de ambas as cores, a cada nota correspondente). Agora, como as cores nem sempre são enxergadas do mesmo jeito por pessoas diferentes, e também como o padrão de afinação da música pode variar em meio tono ou mais (para um músico barroco “purista”, p/ explo, q toca usando a afinação A=335, a música atual, baseada no padrão A=440 ou A=442, a nossa música, p/ ele, estará sempre meio tono “acima” do q ele costuma ouvir, já q a nota Lá barroca corresponde a atual nota Ab ou Sol #, no atual sistema de afinação. Sendo assim, penso q essa relação entre a frequência de vibrações de notas e cores pode sofrer algumas alterações, dependendo do referencial…

  • Cla:

    A sinestesia pode ser induzida em algumas pessoas. Muitas pessoas que tomam drogas alucinógenas, como o LSD, relatam algum tipo de sinestesia.

  • Cesar:

    Existem pessoas que sentem o “cheiro” da cor ou o “gosto” da cor, “ouvem” a cor, sentem “o gosto” dos sons e por aí vai. É uma condição conhecida pela medicina, acho que chama “sinestesia”, em que os estímulos de um sentido contaminam e acabam por servir como estímulo para outro sentido.

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