Um dos supervulcões mais perigosos do planeta está ativo novamente

Por , em 23.12.2016

Um supervulcão que tem ficado quietinho pelos últimos anos pode estar acordando e se aproximando de um “estado crítico”, segundo o relatório publicado na revista Nature Communications. O Capos Flégreos fica abaixo de uma cidade com 500 mil habitantes na Itália.

Com base em modelos computacionais e medições físicas, “propomos que o magma pode estar alcançando o pressão de desgasificação crítica no Campos Fléreos, um Vulcano na região metropolitana de Nápoles, uma das áreas mais densamente habitadas do mundo, onde a deformação acelerada e aquecimento estão sendo observados atualmente”, escreveram os cientistas, liderados por Giovanni Chiodini, do Instituto Nacional Italiano de Geofísica (Roma).

Uma liberação rápida de gases magmáticos quentes pode acontecer no futuro próximo, o que poderia causar uma erupção grande. Em resposta ao estudo, o governo italiano aumentou o nível de ameaça de verde para amarelo, que significa que o local deve ser monitorado.

Campos Flégreos

Campos Flégreos significa “campos em fogo” em italiano. Como qualquer outros supervulcão, como o de Yellowstone, ele não é formado por um único cone vulcânico. Ele é um complexo enorme, a maioria embaixo da terra ou do mar. Ele inclui 24 crateras e vários gêiseres e saídas de gases quentes.

Supervulcões normalmente têm uma grande caldeira ou depressão, formada em erupções explosivas passadas. Este vulcão italiano tem uma depressão de 11km de diâmetro.

Ele provavelmente se formou há milhões de anos, e uma erupção há 200 mil anos liberou tantas cinzas na atmosfera que escureceu o céu ao redor do mundo, provocando o “inverno vulcânico” que pode ter sido o maior evento vulcânico da história da Europa.

O vulcão entrou em erupção outra vez há 40 mil anos, o que pode ter contribuído para a extinção dos Neandertais, segundo sugere um estudo publicado em  2010 e que foi muito debatido pela comunidade científica.

Uma erupção menor aconteceu em 1538 e durou oito dias, criando o Monte Nuovo. Desde então, ele tem ficado inativo.

Os cientistas alertam para o fato de que é possível que não vejamos nenhuma atividade nas próximas décadas, mas que é impossível garantir. Mais estudos são necessários, defendem eles. [National Geographic]

Deixe seu comentário!