Uma mão robótica com delicadeza humana

Por , em 8.04.2012

Membros robóticos não são novidade. Mas a delicadeza do nosso tato é algo que não é fácil de se atingir.

Pesquisadores da Universidade de Saarland desenvolveram uma mão robótica que possui tanto a firmeza de um robô quando a delicadeza humana, com quase o mesmo tamanho do membro humano.

“Nós quisemos fazer nossa mão robótica com o maior número de traços humanos possível. Os músculos artificiais conseguem exercer uma força enorme através de modos simples e compactos”, comenta o cientista Chris May.

“Para que robôs possam ajudar nas tarefas caseiras ou salvar pessoas de um prédio em chamas, eles precisam ter mãos que sejam ao mesmo tempo fortes e gentis”, afirma o pesquisador Hartmut Janocha.

O desafio é colocar a tecnologia necessária em um braço robótico que não seja tão diferente do humano, no tamanho e na forma. “Nós tivemos uma ideia simples e ainda assim eficiente: usar cordas que são puxadas por pequenos motores de alta velocidade, para que exerçam forças de tensão em espaços compactos”, explica May.

O braço consegue tocar, segurar e levantar objetos, de maneira gentil. Já foram realizados testes com ovos e garrafas de vidro pesadas. As cordas, que atuam como tendões, são feitas de polímeros.

“A capacidade da mão robótica é tão próxima da humana que a visão de robôs atuando como ajudantes pessoais em casa está ficando cada vez mais real. Nós presumimos que a combinação de pequenos motores elétricos com cordas torcidas seja interessante para outras aplicações também”, finaliza May. [Science20]

2 comentários

  • wadson viana:

    A reportagem principal do Jornal Bom Dia Minas da Rede Globo de hoje foi a falta de médicos no cenário nacional. A Presidente Dilma informa que vai contratar profissionais médicos de outros países. Será que a solução vai ser “robotizar” (cada vez mais) o trabalho médico, dispensando-os?

    • eduardo:

      Acredito que sim, wardson… mas essa robotização não seria 100% autônoma. Ou seja, não seriam montados robôs cirurgiões. Mas sim, máquinas que seriam operadas por humanos à distância. O que já o corre. Um cirurgião em São Paulo operando um paciente em Manaus, utilizando-se de braços robóticos que atendem aos comandos do médico. Acho que seria mais ou menos esse cenário.
      E ainda há estudos focados na área da nanotecnologia. Um paciente com diabetes por exemplo, teria uma “manada” de robôs em escala nanométrica ejetando insulina no sangue do indivíduo para controlar a doença.
      A tecnologia hj em dia é foda… só falta que o governo incentive cada vez mais as entidades responsáveis.

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