Veja o que acontece com o cérebro de quem acredita em uma religião

Por , em 28.03.2016

O mundo parece estar dividido entre pessoas religiosas e pessoas que acreditam na ciência. De acordo com um novo estudo, essa divisão não é acidental: o nosso cérebro se comporta de forma diferente quando vê o mundo através dos dois posicionamentos.

Os pesquisadores da Universidade Case Western Reserve e da Faculdade Babson (EUA) chegaram à essa conclusão através de oito estudos independentes que envolviam questionários e experimentos. Cada um tinha entre 159 e 527 adultos e comparava os resultados daqueles com crenças em um deus ou em um espírito universal e aqueles sem religião.

Pensamento crítico x empático

A pesquisa indica que aqueles com crenças espirituais ou religiosas aparentam suprimir uma rede cerebral usada para o pensamento analítico. Assim, podem se engajar no pensamento empático. Igualmente, os não religiosos suprimem o pensamento empático para usar o analítico.

Tony Jack, o principal pesquisador desse trabalho, explica que deixar de lado o pensamento crítico para acreditar no sobrenatural faz sentido para nos ajudar a atingir a compreensão social e emocional.

Essas duas redes do cérebro se revezam para encarar as diferentes situações do nosso dia a dia. Apesar disso, os pesquisadores afirmam que nenhum dos dois tem o monopólio para trazer as grandes respostas da vida. A natureza humana permite que exploremos nossas experiências usando os dois padrões de pensamento.

“A religião não deve nos falar sobre a estrutura física do mundo; esse é o trabalho da ciência. A ciência deve informar nossa razão ética, mas não pode determinar o que é ético ou como devemos construir sentido e objetivo para nossas vidas”, acrescenta Jack.

Os pesquisadores também argumentam que a ciência e religião não devem ser sempre vistas como forças opostas. O estudo aponta que vários grandes cientistas tiveram crenças religiosas, incluindo 90% dos ganhadores do Prêmio Nobel. Entender a interação entre esses dois tipos de pensamento, porém, pode enriquecer os dois lados.

“Longe de estar sempre em conflito com a ciência, dentro das circunstâncias corretas as crenças religiosas podem promover a criatividade científica”, conclui o pesquisador. [IFLScience]

26 comentários

  • Antonio Evandro Cordeiro:

    Em 30 dias estudando ciências sócias humanas filosofia e sociologia compreendo a diferencias entre dois aspectos ,observo algo errado!!!

  • Edmar:

    Mulher feita da costela, significa:
    da mesma substância que o homem é formado a mulher também é.
    Estando submissa às mesmas necessidades.

    • Cesar Grossmann:

      É uma das interpretações. Paulo achava que era a justificativa para submeter a mulher ao homem.

  • Edmar:

    Homem feito do barro da terra, significa:
    Da matéria que a terra é formada, também é formado o ser humano. Dos mesmos átomos e moléculas,

  • Evandro Maggiore:

    Realmente… concordo com o cara do outro comentário…tem pouco espaço para escrever.

  • Evandro Maggiore:

    Bom eu acredito na ciência e não em contatos de fadas, porq a ciência me mostra algo mais próximo da verdade e religião só mostra besteiras

  • Diego Luiz:

    Sei que comentários grandes são chatos mas…
    Ta difícil formar bons textos com tão pouco espaço.

    Para adm Hypescience.com

    • Cesar Grossmann:

      Tem que primar pela qualidade do que é escrito, não pela quantidade de caracteres. Mas você pode experimentar a fan-page do HypeScience no Facebook: https://www.facebook.com/hiperciencia/

  • Diego Luiz:

    O artigo é fiel a realidade, gostei da educação a que se referiu aos “crentes”. Não disse q somos ignorantes, mas q não exigimos evidências.

    • Cesar Grossmann:

      Até por que, pedir evidência de que a mulher foi feita da costela do homem, é pedir o inexistente.

  • Wagner Sgobbi:

    O cristianismo não fala de um criador que dá prêmios e castigos, e sim de amor ao próximo e do fato de estarmos livres do castigo eterno.

    • Cesar Grossmann:

      O castigo eterno que é prometido para quem não aceitar Jesus Cristo, castigo este providenciado pelo criador. A sua noção de cristianismo está extirpada de partes importantes, como a doutrina do céu e do inferno, do pecado original, e da danação eterna.

    • Diego Luiz:

      Ninguém esta livre do castigo, tem uma serie de atitudes q se deve tomar para ser salvo. O Cristo so cristianismo é que disse.

    • Cesar Grossmann:

      Faz parte da grande maioria das religiões ameaçar com o inferno quem não acredita nos dogmas religiosos. As pessoas se dizem religiosas por medo de que exista realmente algum castigo para quem não acredita.

  • Rogeria Souza:

    Que artigo mais com cara de pseudociência…

    • Cesar Grossmann:

      Oito estudos independentes. Pode ser pseudociência, mas acho que as chances são mínimas. O autor tem um currículo de respeito.

  • JB DIGITAL:

    Parece que só um lado tem a oferecer conforme o parágrafo acima, acho que consenso é o que há de melhor em tudo, conforme 90% dos nobéis são

  • JB DIGITAL:

    “Longe de estar em conflito com a ciência, dentro das circunstâncias corretas, crenças religiosas podem promover a criatividade científica”

    • Cesar Grossmann:

      Crenças religiosas, não religião. Einstein se considerava profundamente religioso, embora não acreditasse em um Criador ou nas histórias da Bíblia.

  • Douglas Wilson:

    Eu dou razão a ambas. A ciência explica a física e a estrutura das coisas, e a religião (cristianismo) dá sentido e objetivo de existirem.

    • Cesar Grossmann:

      O cristianismo não dá sentido nem objetivo. A ideia de um criador que dá prêmios e castigos para as obras de suas mãos é absurda, como apontou Einstein.

    • Diego Luiz:

      Concordo com Douglas, e Jack.
      Ciência estuda isso ao nosso alcance, nosso meio, doenças, tecnologia. Religião trata de algo além do palpável

    • Cesar Grossmann:

      O problema é que a religião pede 10% do que tu ganha em nome de algo que não é palpável e não pode ser provado.

    • Jonathan Nascimentto:

      Também concordo com os dois tipos de pensamentos. Não podemos nos limitar acreditando que fé e ciência não podem andar juntas.

    • Cesar Grossmann:

      Não levando a fé para o laboratório… Newton era astrólogo nas horas vagas, mas nem por isso ele invocou o zodíaco para explicar a mecânica planetária.

  • Jader Pereira:

    Antigamente eu tinha ficado dividido entre a ciencia e a religiao hoje amadurece e fiz minha escolha prefiro a racionalidade cientifica ok!!

Deixe seu comentário!