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“Marcapasso cerebral” melhora a memória de pacientes com Alzheimer

A inserção de um estimulador cerebral profundo (ECP), um dispositivo semelhante a um marcapasso, mas para o cérebro, pode melhorar a memória e a função cognitiva de pacientes com doença de Alzheimer.

Pesquisas recentes mostraram que, após a implantação de um ECP em seis pacientes com Alzheimer, metade deles ou melhorou a memória, ou teve uma taxa mais lenta de declínio.

A equipe investigou a teoria de que a estimulação elétrica de estruturas no fundo do cérebro, incluindo o hipotálamo, pode melhorar os sintomas da doença. Cada paciente deixou o hospital no prazo de três dias após o estudo e continuou seu tratamento médico padrão para a doença, bem como a estimulação contínua do dispositivo implantado há um ano.

Durante esse período, os indivíduos foram avaliados de várias formas, incluindo testes cognitivos, mapeamento cerebral e de imagem. Sua função cognitiva foi avaliada por diversos tipos diferentes de escalas de medição. A tomografia por emissão positiva (PET), um tipo de exame cerebral que mede a atividade metabólica, foi utilizada para avaliar a forma como o dispositivo mudou o metabolismo da glicose no cérebro, já que a doença pode alterar a forma como a glicose é utilizada no cérebro.

Em metade dos pacientes, por seis ou doze meses, a função cognitiva melhorou ou diminuiu mais do que o esperado. Além disso, o PET scan mostrou que o metabolismo anormal da glicose geralmente observado em pacientes com doença de Alzheimer melhorou após a inserção do dispositivo.

Nenhum dos pacientes teve quaisquer efeitos secundários graves durante o ano em que o dispositivo foi implantado. Embora o estudo ainda seja pequeno, os resultados são animadores. No futuro, estudos maiores podem fornecer mais informações sobre uma terapia eficaz para o tratamento da doença, ou que pelo menos retarde o declínio das capacidades do paciente. [LiveScience]

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