O tubarão branco é considerado um dos animais mais assustadores da Terra – e isso não tem apenas um motivo, mas dez. Confira 10 razões pelas quais os bichões são verdadeiras máquinas do terror:
O tubarão branco é o maior tubarão carnívoro que existe. Os maiores chegam a seis metros de comprimento e pesam cerca de duas toneladas e meia.
O mesmo tubarão pode viajar pelo Atlântico, Pacífico, Índico, agüenta o frio das águas da Antártica e o calor das águas tropicais próximas à linha do equador. Além disso, eles não nadam apenas em alto mar, mas também em águas mais rasas, procurando por vítimas (ou por uma perna de algum surfista desavisado).
A matança começa antes mesmo de eles nascerem. No útero da mãe, alguns “irmãozinhos” se devoram. Quando mais de um filhote sobrevive, eles podem chegar até cinco por “ninhada”. Mas assim que nascem eles tratam de escapar rapidinho, já que a mãe pode achar que eles são o jantar. Quando ainda são pequenos, os “tubas” se alimentam de peixes, incluindo tubarões menores, mas quando crescem o “menu” pode incluir elefantes marinhos, leões marinhos e até pequenas baleias.
Para encontrar suas presas mais facilmente, o tubarão branco vem “equipado” com um “focinho” alongado que tem um olfato apuradíssimo. Eles podem sentir o cheiro de sangue na água com até cinco quilômetros de distância. Os peixões também têm uma audição boa e conseguem ver cores, como nós. Até as presas mais “espertinhas” que tentam se camuflar não têm chance: eles podem detectar campos de eletricidade que os músculos da vítima geram, através de uma estrutura chamada ampola de Lorenzini, uma rede de canais que fica em volta da cabeça do tubarão.
Os tubarões se juntam para caçar. Os tubarões maiores são hierarquicamente superiores aos menores e as fêmeas estão acima da hierarquia, sendo as “chefonas”. Para saber quem é o superior, os tubarões nadam lado a lado, se comparando. O bicho que perceber que perderia uma luta se encolhe e vai embora. Na hora de dividir uma presa, os tubarões espirram água com as caudas. Aquele que espirrar mais água ou que espirrar mais vezes tem prioridade sobre a refeição.
Como têm forma de “torpedo” os tubarões “cortam a água” mais facilmente, sendo muito velozes. Eles chegam a perseguir uma presa com velocidade de até 70 km/h. Seus esqueletos também não são feitos de ossos pesados, mas de cartilagem (o mesmo material que estrutura as suas orelhas e parte do seu nariz) – isso faz com que eles possam fazer curvas mais rapidamente do que outros animais marinhos.
Para poder suportar diversas temperaturas de água e para caçar presas mais ágeis (como leões marinhos), os tubarões brancos desenvolveram uma forma de manter a temperatura do corpo mais quente do que a água ao seu redor. Uma estrutura de veias localizada uma em cada lado do corpo do bichão conserva o calor, aquecendo o sangue arterial que é mais frio com o sangue venoso. Esse mecanismo deixa certas partes do corpo do tubarão mais quentes (como o cérebro) e deixa as nadadeiras e o coração na temperatura do mar. Esse mecanismo faz com que o tubarão possa explorar águas muito frias em busca de presas, mas, por conseqüência, eles precisam comer mais para ter energia e fazer essa estrutura funcionar.
Assim que encontram seu lanche, o tubarão adota uma estratégia para surpreender a presa: ele nada por baixo do outro bicho, para que ele não o veja. Como eles têm as costas cinza eles conseguem “se camuflar” na areia do fundo do mar. Eles também são conhecidos por atacar antes do nascer do sol, quando são ainda mais difíceis de ver na água. Assim que “miram” a presa, eles investem em um ataque feroz, que pode resultar naquelas famosas cenas de um tubarão saltando para fora da água com um bichinho inocente em sua boca.
Apesar da sua mordida não ser muito forte (os tubarões brancos não têm grandes músculos no maxilar, suas cabeças são muito estreitas) o que torna a mordida do tubarão branco letal são os dentes afiados e serrilhados. Eles chegam a ter 3 mil dentes “lâminas triangulares”, algumas chegando a ter 6 centímetros de comprimento. Assim que conseguem capturar uma presa, eles sacodem a cabeça, para partir o pobre bichinho em várias partes. Quando a presa é muito grande (uma baleia ou um elefante marinho) eles dão uma dentada, nadam para longe e esperam o lanche sangrar até morrer.
De todos os ataques de tubarões contra humanos que acontecem todos os anos, os tubarões brancos são sempre responsáveis por quase metade das ocorrências. No entanto, a maioria desses ataques não é fatal. E o número de pessoas que é morta por cães todos os anos é maior do que o número de gente que morreu na boca dos tubarões brancos nos últimos 100 anos. Na verdade, somos um perigo maior para eles do que o contrário. O número desses peixões está diminuindo significativamente, por eles se prenderem por acidente em redes de pesca. [LiveScience]