Os peptídeos proapotóticos, que “miram” em vasos sanguíneos nos tecidos adiposos (gordura) e fazem com que essas células morram, podem ser usados em um futuro tratamento para a obesidade. Um estudo mostrou que animais tratados com essa substância tiveram uma perda de peso significativa, acompanhada de uma diminuição do apetite.
A gordura é cheia de pequenos vasos, muito parecida estruturalmente com um tumor, e o crescimento da gordura em nosso corpo depende da facilidade com que esse tecido consegue produzir esses vasos. Inibir essa produção pode reverter os efeitos de uma dieta gordurosa – pelo menos foi o que experiências em ratos provaram.
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Os cientistas notaram que em ratos obesos submetidos a uma dieta gordurosa, os peptídeos causaram emagrecimento e perda no apetite.
Já nos ratos de peso normal, que tinham uma dieta adequada, e mesmo assim foram submetidos ao tratamento, nenhuma mudança foi notada.
Os autores do estudo notaram que essa perda de peso não tinha nada a ver com o hormônio controlador do apetite, a leptina, e também que nenhuma doença foi causada pelo uso dos peptídeos.
Para entender melhor esse esquema, os cientistas usam o exemplo de uma banheira. Para que a banheira fique sempre cheia e com a água sempre correndo, a quantidade de água que entra na banheira e a que sai deve ser sempre a mesma. No entanto, se você coloca mais água do que joga fora, a banheira vai transbordar. Só que o seu organismo é adaptável e se, na verdade, você colocar gordura em seu corpo como coloca mais água em uma banheira, o corpo cresce para suportar essa gordura e você engorda.
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Os peptídeos fazem com que, mesmo que você ponha mais gordura no corpo, você gaste esse “extra”, fazendo com que o corpo não cresça e evitando o aumento de peso. [Scientific Blogging]