A internet parece um ímã para debates infindáveis sobre os mais diversos assuntos.
Por exemplo, será que Deckard, personagem do filme “Blade Runner”, é um replicante? Qual o Doctor Who mais maneiro? Como Kaidonovskys sobreviveu no filme “Pacific Rim”?
No meio destes debates, sempre tem aqueles que simplesmente não fazem sentido ou estão muito errados.
5. Star Destroyer vs. Enterprise
Como diz o livro “O Mochileiro das Galáxias”, o universo é grande, imenso, colossal, muito, mas muito maior do que você pode pensar. Mas não parece suficiente grande para evitar discussões entre fãs de Jornada nas Estrelas e Guerra nas Estrelas.
A batalha Star Destroyer vs. Enterprise é um dos maiores tópicos de debate. O Star Destroyer redefiniu a ficção científica em cinemas – seu surgimento mostrou que muito acima do céu está a maravilha do espaço, e muito abaixo dele há uma nave não menos maneira.
A Enterprise é a imagem da tecnologia avançada, a humanidade dando o seu melhor e usando o conhecimento mais avançado para aprender mais. Já o Star Destroyer é a encarnação da burocracia irresistível. Somente um império poderia construir algo tão insanamente imenso e irresistível, mesmo que a tripulação seja feita de gente tão fácil de substituir que a morte de um capitão serve só para colocar alguns pontos de exclamação em memorandos internos.
A batalha entre as duas naves não é só uma cena de ação, mas um debate ideológico. Muita gente já dedicou muito tempo a analisar cada ângulo de um possível conflito, das táticas militares às interações tecnológicas e até mesmo à energia dos disparos.
Resposta fácil: a Enterprise é vencedora
Se o seu inimigo tem tecnologia de teletransporte e você não, então a vitória não faz parte do teu futuro. Você tem opções como: se render, explodir ou sufocar no espaço. Se Darth Vader consegue sufocar alguém movendo seu braço, o Chefe de Transporte O’Brien pode fazer a mesma coisa movendo alguns dedos e transportando alguém para o espaço.
Como a tecnologia de teletransporte não aparece em ponto algum do universo Star Wars, eles não têm sequer defesas contra ela. A Enterprise não precisa nem armar torpedos fotônicos. Basta remover algumas das milhões de partes e peças que o Destroyer precisa para não explodir e está feito.
4. SEGA vs. Nintendo
Esta é a batalha épica dos anos 1980. Os dois sistemas eram amados, até por quem morria o tempo todo. E isto em um tempo que não era socialmente aceitável a pessoa gostar de videogames.
Só que em vez de conversar sobre os jogos que gostavam, os moleques com Genesis e SNES passavam o tempo ridicularizando uns aos outros, e com a mesma intensidade – um exemplo do capitalismo colocando as minorias umas contra as outras.
Resposta fácil: Nintendo
A SEGA conseguia fazer lançamento em série de máquinas problemáticas. SEGA CD, 32X, Satun, todas conseguiam eliminar todo prazer de jogar com uma rapidez fantástica.
Os fãs de Nintendo costumavam dizer que poderiam lançar um console para o qual só eles fizessem jogos e ainda teriam sucesso, mas ninguém esperava que testassem esta teoria.
Até chegar o Wii, que provou que dá para fazer muito dinheiro dessa forma.
3. Cobb está acordado no fim de A Origem (“Inception”)?
O final de A Origem não poderia ser mais irritante para muita gente. Cobb finalmente retorna para ver seus filhos. Quando ele gira seu totem para ver se está acordado mesmo ou preso em um sonho maravilhoso, ele se afasta para ver seus filhos sem esperar o resultado.
Foi o suficiente para colocar fogo na internet. Será que ele está acordado? Ele ainda está dormindo? As pessoas ficaram loucas a ponto de procurar o diretor de figurino para saber se as crianças estavam vestindo as mesmas roupas de sequências de sonho anteriores.
Resposta fácil: acordado
A resposta tem múltiplos níveis, como convém a qualquer coisa que se refira àquele filme. O primeiro nível é que a ambiguidade é de propósito – a intenção é deixar a dúvida no ar. Mas a internet reage à ambiguidade da mesma forma que o computador de Jornada nas Estrelas: gritos e explosões.
O segundo nível, do próprio diretor, é que Cobb não se importa mais, ele quer ver seus filhos. Só que isto é bobagem, se ele realmente se importa com seus filhos, é mais importante ainda que ele saiba que está acordado, senão aqueles não serão seus filhos. E se ele está preparado para aceitar um sonho, ele deveria ter feito isso bem antes de matar sua esposa com o abuso mental.
Felizmente, podemos ir mais fundo: no terceiro nível, é óbvio que ele está acordado. A câmera corta a cena quando o totem começa a balançar. E isto significa que ele está acordado. Nos sonhos, o pião gira sem parar, mesmo que o universo acabasse ou o sonhador morresse. Quando vemos ele em um sonho, ele gira perfeitamente.
Então, se o pião balança, Cobb está acordado. Esta teoria é menos sobre os mistérios do filme e mais sobre os efeitos da internet sobre a inteligência das pessoas. Não é suficiente deduzir uma resposta: eles querem ouvir uma resposta de uma fonte autorizada.
2. A melhor arma anti-zumbi
Outra discussão eterna entre nerds é qual a melhor arma contra zumbis. Apesar de parecer totalmente fantástica e inútil, pelo menos é uma discussão que serve para entreter entre uma e outra coisa séria.
De qualquer forma, a maior parte das escolhas para armas neste caso está errada. Armas de fogo são inúteis, a menos que você consiga muita munição. Qualquer arma de combate corpo-a-corpo é pior – você não vai conseguir matar um zumbi sem se ferir, o que vai resultar em mais um infectado (você) ou então em alguém um pouco mais lento para enfrentar o próximo zumbi (você, de novo).
Resposta fácil: Sabre de luz
Para acabar com esta discussão, não tem arma melhor que um sabre de luz. Leve, portátil, praticamente silencioso, aparentemente nunca fica sem energia, e nunca mais você vai precisar procurar as chaves de um armário ou abrigo enquanto os zumbis estão chegando mais perto.
Se pensar bem, zumbis são os únicos inimigos para os quais um sabre de luz funciona. Além de servir para abrir caminho entre hordas de zumbis, ele também serve para amputar e cauterizar ferimentos infectados ao mesmo tempo.
E se você acha que o sabre-de-luz não é uma arma de verdade, é só pensar na última vez que você viu um zumbi.
1. Super-homem vs. Batman
Colocar o Super-Homem contra qualquer outro herói é diversão na certa. E é sempre vitória do escoteiro de azul. Contra o Hulk? Hulk não voa, basta jogá-lo no espaço e acabou a luta. Thor? Se tem alguém digno de levantar o Mjolnir, é o Super-Homem.
Comparar o Super-Homem com Batman é quase um esporte, mas desta vez não estamos falando de história nenhuma, mas sim estamos querendo saber quem ganha em uma briga. Quem?
Resposta fácil: Super-Homem
Obviamente. É legal argumentar que o Batman faz isso ou aquilo, mas mesmo sua vitória mais incrível necessita de coisas como “o Super-Homem concordou em não matar o Batman lá de cima, do espaço”, “concordou em lutar onde o Batman pediu educadamente”, “deu ao Batman a chance de cinco disparos”, ou “tinha perdido parte de seus poderes por ter salvo um país qualquer de um mega míssil atômico”.
Quando alguém tem o poder de te matar assim que coloca os olhos em você, tua única esperança é matá-lo antes que ele saiba que você está ali. E como nenhum deles é a fim de matar, o Batman não tem chance alguma. O Super-Homem pode cortar e cauterizar seu membros e jogar seu tronco em um jarro com gel de suporte à vida antes que o Batman consiga tocar no cinto de utilidades.
Este é o ponto do Batman: seguir adiante não importa o quão impossível é o desafio. E também é o ponto do Super-Homem, não matar instantaneamente quem começa a incomodar. Por isto eles seguem lutando, e por isto sempre haverão maneiras incríveis de Bruce derrotar o invencível, e por isto que esta discussão continua sendo incrível, apesar da conclusão óbvia. [Cracked]