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6 maneiras de fazer seus filhos cooperarem com você

Pais certamente já passaram (ou vão passar) por momentos em que gostariam que seus filhos simplesmente fizessem o que eles mandam, sem birra, sem questionamentos, sem cara feia. Em artigo publicado no site Lifehack, a professora de pré-escola (e mãe) Shelly Phillips mostra que não é necessário ser um manipulador de mentes para conseguir um pouco de cooperação por parte de crianças.

Em primeiro lugar, Phillips lembra que ninguém gosta de ser obrigado a fazer algo (mesmo que seja a única opção), e isso pode ser especialmente verdadeiro para crianças e adolescentes, que procuram aprender justamente a agir por conta própria. Dito isso, ela apresenta 6 conselhos para o leitor:

1. Peça, não exija

Quando quiser que seu filho faça algo, pergunte-se se teria problema caso ele dissesse “não”. Se tiver, é uma exigência, não um pedido, e exigências devem ser feitas, sem dúvida (em especial se for uma questão de saúde ou segurança), mas é importante usá-las com moderação, pois “quanto mais exigências você fizer a seus filhos, menos cooperação real e internamente motivada você provavelmente vai conseguir”, avisa a professora.

Isso não significa que seria bom não criar qualquer expectativa em relação aos filhos. “Quando essas expectativas não são cumpridas, é útil enxergar nisso uma oportunidade de resolver o problema juntos, ao invés de uma desculpa para puni-los e gerar submissão”.

2. Crie jogos e brincadeiras

Se algo for considerado divertido, há mais chances de uma criança fazer. Precisa que seu filho saia do parque e entre no carro? Por que não simular que vocês são bombeiros que precisam entrar no caminhão para combater um incêndio? Ou apostar uma corrida até o carro? Ou oferecer uma carona nas costas, como se fosse um gigante?

“Tornar as coisas mais divertidas não é apenas uma boa maneira de conseguir que seus filhos cooperem, é também uma forma de aproveitar ainda mais seu tempo com eles”, lembra. “Quero dizer, o que você prefere: uma disputa de forças em que você luta para colocar seu filho contra a vontade no carro, ou um jogo divertido em que ele sobe por vontade própria?”.

Também é recomendável criar jogos que tenham relação com o que desperta o interesse dos seus filhos, sejam robôs, cavaleiros, princesas, caubóis ou astronautas. Na dúvida, não custa perguntar. “A maioria das crianças está mais do que pronta para sugerir um jogo ou atividade que você possa incluir na sua lista”.

3. Não seja repetitivo

Em uma tentativa de descobrir “como o mundo funciona”, crianças gostam de observar as reações das outras pessoas e, muitas vezes, testar o limite de paciência dos pais faz parte do jogo – e, se você demonstrar seus pontos fracos nessa hora, é possível que seu filho o aproveite em outras ocasiões.

“Não caia nessa”, alerta Phillips. “Quando você consegue manter a calma e estabelecer limites claros, seus filhos vão testar você mesmo assim, mas depois de terem testado sem sucesso todas as suas teorias sobre como burlar as regras, eles vão procurar outras áreas, muito mais interessantes e emocionalmente ricas”.

4. Faça-se de esquecido

Se você pediu/exigiu algo e seu filho não fez, ao invés de apenas repetir, finja que esqueceu e peça para ele lembrar. “Espere, eu me esqueci, não acabei de te pedir algo? O que era? Acho que estávamos prontos para ir a algum lugar, mas você pode me lembrar aonde?”.

Essa estratégia, se for bem usada, dá ao filho a impressão de que, naquele momento, ele é mais esperto do que os adultos, e aumenta as chances de ele cooperar – só tome cuidado para que essa impressão não seja permanente, ou há o risco de a criança não lhe levar a sério em outras ocasiões.

5. Deixe-os no comando

Calma, leitor, a dica não é “deixe que eles façam o que quiserem”, e sim “dê a eles uma dose de responsabilidade”. Coisas do tipo “vamos receber visitas e preciso que você e seus irmãos estejam arrumados. Consegue cuidar disso?”. O desafio pode ser estimulante, uma oportunidade que a criança encontra para mostrar do que é capaz.

6. Coopere com eles

A regra do jogo é clara: pais orientam filhos, e é importante que os filhos cooperem com eles. Contudo, há momentos em que os filhos não estão em condições de cooperar, seja por causa de uma doença, de esgotamento físico ou de sentimentos ruins (tristeza, apatia). “Se nada mais funcionar, ofereça ajuda”, recomenda a professora e mãe. Se seu filho souber que pode contar com você, ele estará muito mais disposto a cooperar.[Lifehack]

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