7 robôs tão criativos que parecem humanos

Por , em 27.04.2014

Quanto mais a tecnologia se desenvolve, mais ouvimos falar sobre os problemas que a inteligência artificial pode trazer à nossa sociedade – que, ao que parece, já tem problemas o suficiente para lidar.

Toda vez que eu entro nesse assunto, me lembro de uma cena do filme “Eu, Robô” (2004), em que o ator Will Smith está interrogando um robô suspeito de um assassinato. Todos os outros policiais, e inclusive o fabricante do “equipamento”, acham a suspeita um tanto absurda, porque os robôs eram programados para não cometer crimes. Mas aquele, em especial, era diferente. Ele mostrava algumas emoções – o que levou o personagem do Will Smith a desconfiar. E em algum momento do interrogatório, ele desafia o robô, perguntando se seria capaz de “compor uma bela canção”, ou “desenhar uma obra de arte”. Para a nossa surpresa, o robô responde com audácia: “você consegue?”.

Eu lembro que fiquei um tanto chocada com essa fala, porque até ali, eu estava do lado do policial. Mas quando o robô retrucou, a única coisa que eu pude fazer foi morder a língua. Porque não, eu não consigo. Talvez se eu tentasse, e treinasse, muito, teria alguma melhora. Mas assim, de bate pronto, minhas habilidades são um tanto limitadas.

Em outro momento do filme, esse robô aparece fazendo um desenho, com uma precisão de deixar qualquer um de queixo caído.

E o mesmo vai acontecer quando você conhecer os robôs do mundo real que vamos mostrar a seguir. Nenhum deles é um Sonny (nome do robô do longa). Mas algo me diz que estão no caminho.

7. O Robô Barista

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Essa é especial para os bebedores de café. Já há algum tempo, cafés de todo o mundo começaram com uma onda de dar um toque especial aos seus produtos, fazendo uma série de imagens na espuma. Mas a gente tem que concordar que tanto a matéria prima – que nesse caso é espuma de café – quanto a mão de obra têm limitações óbvias.

Os baristas mais caprichosos do planeta podem fazer um trabalho incrível com imagens como corações, folhas, sorrisos e etc – mas não podem ir muito além disso.  E é aí que o Robô Barista entra. Ele não apenas pode criar imagens diferentes, como pode imprimir o rosto do cliente na espuma do café, levando o conceito de personalização a todo um novo, e muito mais alto, nível. Olha só como funciona:

6. Viktor

Esse robô não só desenha como um ser humano, como desenha melhor do que muitos de nós. Criação do designer suíço Jürg Lehni, o robô Viktor, como é chamado, consegue resultados engenhosos usando apenas uma lousa e um pedaço de giz. Ele faz linhas, pontos, imagens e palavras com uma precisão quase artística. Viktor é composto por quatro motores, alguns cintos e pode desenhar praticamente qualquer coisa.

5. Rita

A Rita, também desenvolvida por Lehn, desenha, apaga, desenha de novo, apaga, retoca e assim por diante – até o infinito e além. O resultado pode ser a tela em branco do começo, ou uma composição cheia de detalhes e com um traço bastante preciso.

4. Hektor

Para completar o trio parada dura do designer suíço, vem o Hektor, um robô controlado por um software chamado Scriptographer, também escrito por Lehni. Com algoritmos que calculam seu caminho, ele coordena o movimento de seus dois motores e de seu bico de spray. E o que ele faz com isso? Desenha, com uma estética muito própria.

3. Robô Faber

O Robô Faber é bem parecido com o Hektor. Tanto que até parece que os dois poderiam ser amigos e trocar algumas ideias para uma exposição de seus desenhos, caso isso fosse possível em qualquer dimensão. Mas enquanto Hektor tem um alto grau de precisão, o Robô Faber é, digamos assim, um pouco mais artístico.

2. Google Chrome Web Lab

Este protótipo foi criado para o Museu de Ciências de Londres há alguns anos. E, ao contrário dos outros, tem uma ideia mais democrática de interatividade. Usando um aplicativo do Google Chrome (o getUserMedia), qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, poderia ter acesso ao robô. Para isso, bastava usar sua webcam e tirar uma foto de seu rosto, para que a imagem fosse convertida em um simples esboço rabiscado na lâmina de areia que estava no local.

1. Skryf

Para criar esse robô, o designer holandês Gijs van Bon usou a mecânica de uma máquina fresadora (máquina equipada com ferramentas de corte preciso). O resultado foi um aparelho que escreve palavras no chão. Como as palavras, ou letras, podem ser pisadas antes de terminarem de ser escritas, o Skryf tem um certo apelo conceitual/artístico, que dá margem para uma série de metáforas e interpretações. Tanto que, como você pode ver no vídeo acima, ele foi usado para fazer uma peça interativa em uma mostra de arte. [Gizmodo]

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