O HIV – vírus da imunodeficiência humana – causa uma infecção incurável que provoca a AIDS e infecta cerca de 33,4 milhões de pessoas ao redor do mundo.
A África subsaariana é a região da Terra mais atingida pela AIDS, sendo responsável por 67% de todas as pessoas vivendo com o vírus em todo o mundo, 71% das mortes relacionadas à AIDS e 91% das novas infecções entre crianças.
Porém, segundo um relatório da ONU, as nações africanas que foram devastadas pela AIDS têm feito grandes avanços no combate ao vírus. Entre 2001 e 2009, as novas infecções pelo vírus caíram mais de 25% em 22 países da África subsaariana.
O relato de progresso vai em direção a uma tabela global acordada de Desenvolvimento do Milênio para deter e começar a reverter a propagação da AIDS até 2015.
Países com as maiores epidemias como a Nigéria, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue estão liderando o declínio, graças à melhor utilização dos métodos de prevenção e maior acesso a medicamentos de preservação da vida.
Embora o número de novas infecções por HIV esteja em constante queda ou estabilização na maior parte do mundo, os problemas maiores ainda existem em determinadas regiões e entre determinados grupos de alto risco.
A Europa Oriental e a Ásia Central tiveram uma rápida expansão da epidemia pelo HIV – a doença está se espalhando na região a uma taxa de 500 novas infecções por dia. Além disso, em vários países de alta renda tem havido um ressurgimento de infecções pelo HIV entre homens homossexuais.
No entanto, estima-se que haja um déficit de 17,9 bilhões de reais em financiamento para a AIDS em 2009, ou seja, o dinheiro disponível é abaixo do necessário, o que poderia colocar mais progressos em risco.
Apesar do acesso ao tratamento para a AIDS ter aumentado 12 vezes em seis anos, e 5,2 milhões de pessoas estarem recebendo os medicamentos de que necessitam, outros 10 milhões que também precisam deles não estão obtendo os remédios.
Segundo o relatório, para manter os ganhos observados, mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento são necessários – não só para uma pequena minoria rica, mas também voltado para atender as necessidades da maioria.
A recomendação da ONU é que os governos nacionais repartam entre 0,5 e 3% das receitas públicas para o tratamento da AIDS, dependendo da prevalência da doença em seu país. [Reuters]