Um tipo raro de leucemia (câncer que atinge a medula óssea) coloca em risco a saúde da pequena Zoe Gilbert, de 11 anos. Diagnosticada com anemia aplástica, ela teve de se submeter a um tratamento que usa sangue de cavalo como base enquanto aguarda um doador de medula óssea compatível.
A doença, que atinge uma em cada 200 mil pessoas, faz com que o corpo de Zoe não produza células sanguíneas o suficiente e compromete seu sistema imunológico – qualquer infecção pode ser fatal. Durante meses, a menina vai semanalmente ao hospital para receber um soro feito a partir de sangue de cavalo, que contém anticorpos que podem fortalecer seu organismo. Somente quatro semanas depois do fim do tratamento será possível saber se ele foi bem-sucedido ou não.
Enquanto isso, a família faz uma busca intensa por doadores. “É muito duro não saber o que vai acontecer”, conta Elizabeth Gilbert, mãe de Zoe. “Um transplante iria salvar sua vida”.
A procura, porém, não é fácil: se não houver uma compatibilidade grande entre doador e receptor, o transplante não funciona. Mesmo familiares não são necessariamente compatíveis – é mais provável, inclusive, que o doador ideal seja um desconhecido, sem qualquer ligação direta com o paciente.
Embora viável, o tratamento com soro pode ter efeitos colaterais desagradáveis, como crescimento de pelos no corpo, febre, erupções cutâneas e dores nas articulações. O índice de sobrevivência é de 85%, mas existe a possibilidade de que o tratamento simplesmente não dê resultado. Zoe ficará sob monitoramento durante pelo menos três semanas para evitar infecções.
Todos os anos, milhares de pessoas são salvas graças a transplantes de medula óssea. Como muitas vezes é difícil encontrar doadores compatíveis com os pacientes, quanto mais pessoas se cadastrarem como doadores, maiores as chances de sucesso nos tratamentos contra os diversos tipos de leucemia. Ou seja, quando for doar sangue, cadastre-se também como doador de medula. Você pode salvar a vida de alguém compatível com você![Daily Mail UK]