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Águas vivas forçam interrupção de atividade em usina nuclear

A medusa, conhecida popularmente no Brasil como “água viva”, não é apenas aquele animal indefinido que as mães cautelosas na praia pedem que as crianças evitem. Na última semana, a usina nuclear de Torness, no sul da Escócia, teve de interromper atividades devido ao excesso de água viva nos mares ao redor do reator.

A usina de Torness, instalada sobre o Mar do Norte, tem um filtro de água na parte submersa, por onde passa a água do mar. O que aconteceu foi um entupimento: um grande número de águas vivas passou a obstruir este filtro. Ninguém sabe, por enquanto, a razão desse aumento repentino de medusas na região.

A direção de Torness afirma que o fechamento temporário é apenas uma medida de precaução, e não há perigo para o púbico, mas a usina só deve voltar a operar normalmente na semana que vem.

A função da água do mar, no reator, é o de resfriamento. Apesar de os reatores já serem naturalmente refrigerados a gás, o contato com a água do mar permite a manutenção da temperatura adequada como medida de segurança. Para evitar que as águas vivas entrassem no sistema de resfriamento e causassem algum distúrbio, preferiram fechar até remover os animais das áreas próximas.

Não é apenas a Escócia que já teve problemas com isso: as usinas nucleares do Japão também tiveram que retirar medusas de suas usinas sobre o mar. Na Inglaterra, até uma foca já foi encontrada presa ao filtro de água. E a própria Torness, na Escócia, já interrompeu o funcionamento devido ao entupimento por algas, em 2006.[BBC]

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