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Akira Yoshizawa: O grande mestre do origami

O Google costuma homenagear todo tipo de personalidade interessante na sua página inicial, com um Doodle. O Google Doodle de hoje traz Akira Yoshizawa, mestre do origami reconhecido internacionalmente.

Hoje seria o 101º aniversário de Akira, que nasceu em 14 de março de 1911 e, curiosamente, morreu em 2005, no dia do seu aniversário, completando hoje 7 anos de sua morte.

Além de seu óbvio destaque na arte do origami, Akira Yoshizawa também tem uma história de vida que serve como lição.

Vida e obra

O origami é uma técnica de dobrar papel de origem japonesa. Akira sempre gostou de origami, desde sua infância. Apesar disso, trabalhou a vida inteira, a partir dos 13 anos, nem sempre com o que gostava.

Nunca parou de fazer arte em papel, no entanto. Quem conhecia seus trabalhos, sabia que eles contavam com uma genialidade única.

Mais tarde, Akira passou a ensinar geometria, usando origamis, que se provou um ótimo jeito de materializar problemas geométricos. Com 26 anos, em 1937, Akira Yoshizawa abandonou a fábrica onde trabalhava para se dedicar somente a sua paixão, a dobragem de papéis.

Isso não foi fácil. Akira nunca teve dinheiro, e a pobreza extrema que passou a enfrentar o obrigou a começar a vender tsukudani, um condimento japonês.

Em algum ponto da história, Akira finalmente foi reconhecido como um artista. Alguns dizem que ele ganhou visibilidade em 1944, com a publicação de alguns trabalhos em uma revista chamada Origami Shuko, de Isao Honda.

Mas ele também pode ter se tornado famoso depois da publicação de sua arte em uma outra revista, em 1951. Também foi reconhecido quando criou os signos do zodíaco, em 1954.

De qualquer forma, foi a partir de 1955 que sua carreira deslanchou. Foi nesse ano que ele conseguiu a sua primeira exposição internacional, organizada por um arquiteto holandês. Muitas outras exposições surgiram.

Akira Yoshizawa nunca vendeu seus origamis, somente dando-os de presente a amigos ou instituições.

Akira foi pioneiro em muitas técnicas diferentes do origami, sendo que o wet-folding foi uma de suas contribuições mais significativas. Esta técnica envolve “molhar” ou “umedecer” o papel antes de fazer uma dobra. Isso permite que o papel seja manipulado mais facilmente, resultando em modelos com uma aparência mais arredondada e esculpida.

Essa sua capacidade de criar origami com uma aparência mais realista foi um importante avanço na dobragem de papel.

Segundo sua própria estimativa, Akira deve ter criado, ao longo da sua vida, mais de 50 mil modelos de origamis, algumas centenas publicadas em 18 livros.

Yoshizawa também foi embaixador cultural do Japão e recebeu do imperador Hirohito, em 1983, uma das maiores honras entregues a um japonês: a Ordem do Sol Nascente. Conheça um pouco de seu trabalho:

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