Uma galáxia distante envolta em uma neblina fraca e espectral foi capturada em uma nova imagem tirada pelo Telescópio Espacial Hubble. A fotografia foi adquirida usando a Câmera Avançada para Pesquisas a bordo do Hubble.
Conhecida como NGC 6684, essa galáxia possui uma forma lenticular, uma combinação híbrida entre uma galáxia espiral e uma galáxia elíptica. Posicionada a cerca de 44 milhões de anos-luz de distância de nosso planeta, na constelação Pavo, a NGC 6684 apresenta características de uma galáxia lenticular, exibindo um bojo central e um disco, enquanto carece dos braços bem definidos observados em galáxias espirais como a nossa Via Láctea.
Galáxias lenticulares como a NGC 6684 geralmente abrigam coleções mais antigas de estrelas devido à escassez de material interestelar dentro delas. Essa ausência de poeira e gás essenciais para a formação de novas estrelas resulta em uma fraca luminosidade emitida por essas galáxias, o que, juntamente com suas estruturas vagas, confere-lhes uma qualidade quase etérea, conforme descrito em um comunicado da NASA.
O Telescópio Espacial Hubble capturou essa representação recente da NGC 6684 como parte de um amplo levantamento chamado “Todas as Galáxias Próximas Conhecidas”, um esforço com o objetivo de observar todas as galáxias dentro de uma faixa de 32,6 milhões de anos-luz que o telescópio ainda não explorou. Antes do início deste projeto, aproximadamente 75% dessas galáxias próximas já haviam sido estudadas pelo Hubble, conforme explicado pelos oficiais da NASA. A conclusão desta pesquisa promete revelar insights sobre as diversas composições de estrelas encontradas em uma variedade de galáxias existentes em diversos ambientes.
Localizada no céu do sul, dentro da constelação Pavo, onde a NGC 6684 reside, Pavo é uma das quatro constelações chamadas coletivamente de Pássaros do Sul. A tradução em latim de Pavo é “pavão”.
O Telescópio Espacial Hubble é uma iniciativa colaborativa supervisionada pela Agência Espacial Europeia e pela NASA. A imagem que retrata a NGC 6684, tirada em 11 de agosto, foi recentemente divulgada.
Além de capturar a fascinante galáxia NGC 6684, o Telescópio Espacial Hubble continua a nos proporcionar vislumbres surpreendentes do cosmos e insights valiosos sobre o universo que nos cerca. Desde o seu lançamento em 1990, o Hubble tem sido uma ferramenta indispensável para astrônomos e cientistas, revelando inúmeras descobertas que ampliaram nosso entendimento do espaço.
Ao longo dos anos, o Hubble desvendou segredos sobre a expansão do universo, mergulhou nas profundezas de nebulosas e revelou detalhes impressionantes de planetas dentro e fora do nosso sistema solar. Suas imagens espetaculares também nos transportaram para regiões remotas, mostrando aglomerados de estrelas, galáxias distantes e fenômenos cósmicos incríveis.
Uma das conquistas notáveis do Hubble foi a determinação da constante de Hubble, que mede a taxa de expansão do universo. Essa descoberta teve um impacto profundo na cosmologia e trouxe à tona novas perguntas sobre a natureza da matéria escura e da energia escura.
O Hubble também nos permitiu explorar as luas de Júpiter e Saturno, estudar a atmosfera de planetas gigantes gasosos e descobrir exoplanetas em órbita ao redor de outras estrelas. Suas observações de buracos negros supermassivos no centro de galáxias revelaram os processos extremos que ocorrem nesses locais.
Através de sua capacidade de observação em diferentes comprimentos de onda, o Hubble proporcionou um olhar multidimensional e colorido do universo, ajudando a identificar elementos químicos nas atmosferas de exoplanetas e desvendar os estágios finais de evolução das estrelas.
Com suas contribuições inestimáveis, o Telescópio Espacial Hubble continuará a ser uma fonte de inspiração e descoberta para gerações futuras de cientistas e entusiastas do espaço, expandindo constantemente nossos horizontes e nossa compreensão do vasto cosmos que nos envolve. [Space]