Eles já deram o que falar: já ameaçaram destruir o Facebook, tiraram sites de pornografia infantil do ar, tiveram participação na Primavera Árabe e outros movimentos democráticos, deram apoio à Wikileaks. Recentemente, após o surgimento das leis SOPA e PIPA, tiraram dezenas de sites governamentais do ar: é a mais recente façanha do grupo Anonymous. Na última semana, 25 suspeitos por estas ações foram presos pela Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.
As prisões aconteceram em quatro diferentes países: Argentina, Chile, Colômbia e Espanha. Os supostos hackers, com idades entre 17 e 40 anos, deram dor de cabeça aos países em que foram detidos. Na Colômbia, invadiram vários sites presidenciais, incluindo o do Ministério da Defesa. No Chile, entraram nas páginas da companhia elétrica do governo e da biblioteca nacional, entre outros endereços.
Mas foi na Espanha, país onde os Anonymous invadiram os sites de vários partidos políticos, que as prisões começaram na última quinta-feira, com a detenção de quatro pessoas. Além disso, a Interpol já apreendeu mais de 250 equipamentos de transmissão, tais como celulares, em mais de 15 cidades pelo planeta.
Por enquanto, os quatro suspeitos capturados na Espanha foram identificados apenas por apelidos. Sobre eles, recaem acusações graves, como ter alterado dados policiais destinados à família real e ao primeiro ministro. A Interpol, sediada em Lyon (França), espera expandir sua operação de identificação de hackers nos próximos dias, através de colaboradores nos outros continentes. [Telegraph]