Estima-se que dois quintos da população mundial esteja em risco de contrair a dengue, isso porque a população do mosquito transmissor, o famoso Aedes aegypti, está crescendo. Então os cientistas estão preocupados em criar tecnologias que façam o controle populacional dos bichinhos.
Uma dessas novas tecnologias é um aparelho que libera um aroma que atrai as “mosquitas grávidas”, depois as prende, matando os insetos e impedindo que liberem os ovos.
Esses mosquitos se orientam a partir dos cheiros – principalmente os que estão carregando ovos, que usam seu olfato para procurar lugares úmidos, perfeitos para as futuras larvinhas. O que os cientistas fizeram foi desenvolver um aparelho parecido com uma lata de lixo, recheado com um químico que tem o cheiro “úmido” que atrai mosquitos mas que, no fim, é inseticida.
Não é nada muito elaborado, mas é barato e eficiente e, principalmente, não vai prejudicar o ecossistema. Afinal, por mais chatos que os mosquitos sejam, eles tem um propósito (bem maior que espalhar a dengue) na natureza – eles servem de alimento para outros animais. Então o cheiro atrai apenas as fêmeas (que são as que picam) e em um período bem específico da vida delas.
Como a dengue é espalhada quando um mosquito desses pica uma pessoa infectada e, depois, ataca uma pessoa saudável, o aparelho irá ser instalado próximo de humanos – afinal, mesmo que o mosquito pique uma pessoa infectada, ele será atraído pelo cheiro convidativo e irá morrer antes de transmitir a doença para outras pessoas.
Estima-se que um milhão de pessoas sejam infectadas com dengue todos os anos, meio milhão tenhas que ser hospitalizadas e, desse meio milhão, 2,5% acabam morrendo. [io9]