Uma nova invenção, criada por um professor da Universidade de Manchester, é praticamente um presente para as mulheres. Ele desenvolveu um scanner de rádio portátil baseado em frequência, que é capaz de mostrar a presença de tumores de mama, tanto malignos e benignos, em tempo real.
O novo sistema permite que as pacientes simplesmente se deitem e insiram os seus seios no local de digitalização, sem necessidade do gel especial utilizado na mamografia, já que o método de frequência de rádio funciona com óleo, leite, e até água. O scanner produz 30 imagens por segundo, que são projetadas em uma tela. Os médicos podem então observar uma área potencialmente problemática em tempo real, até que tenham certeza de que não há nenhum problema.
As frequências de rádio se comportam diferentemente em presença de diferentes tecidos, assim o operador do aparelho pode identificar e entender melhor os tecidos subjacentes da verificação. Por exemplo, um tumor ou anomalia aparece vermelho na tela. Tumores malignos e benignos registram frequências diferentes e aparecem diferentes na tela, permitindo que os médicos façam um diagnóstico bruto no local, e determinem se algo precisa de uma inspeção mais detalhada e invasiva em seguida.
O aparelho tem todo o tipo de vantagens: a unidade, além de portátil, é prática; possui todos os componentes eletrônicos necessários em um pacote do tamanho de uma lancheira. Sendo assim, permite exames de câncer de mama rápidos e indolores fora do ambiente clínico.
As mulheres também poderão se examinar com mais frequência, especialmente nos países em desenvolvimento. Além disso, não só o sistema é mais rápido e menos invasivo do que a mamografia de raios-X convencional, como também pode reduzir as doses desnecessárias de radiação do antigo processo de mamografia. Por fim, pode permitir a mulheres com alto risco de câncer que se monitorem regularmente em casa.
Porém, existem certas limitações. Por um lado, enquanto o aparelho é muito eficaz no diagnóstico de mulheres com mais de 50 anos, pode ser muito menos conclusivo em mulheres jovens, que correspondem a 20% dos casos de câncer de mama. Além disso, a mamografia não é um procedimento em tempo real, então os médicos ficam mais propensos a “deixar passar” uma área com problema. [POPSCI]