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Aquecimento global pode ser freado por robôs em estômagos de vacas

Primeira coisa que você deve estar pensando: o que as vacas têm a ver com o agravamento do aquecimento global? Eu explico.

As vacas são animais que emitem muito metano pelas duas extremidades de seu sistema digestivo, o que as torna responsáveis por 28% das emissões desse gás relacionadas ao ser humano. Como o metano é um dos gases que causa o efeito-estufa, uma linha de pesquisa dedicada a combater o aquecimento global lida especificamente com as emanações desses pacíficos ruminantes. E agora parece ter encontrado uma ideia inusitada para frear o agravamento do fenômeno que pode ser o responsável por acabar com a vida na Terra.

Uma nova ideia para frear o aquecimento global

Como convencer os seres humanos a comer menos carne é mais difícil que achar uma agulha em um palheiro, a ideia predominante na área hoje é tentar fazer as vacas liberarem menos metano, controlando sua dieta. Mas como saber qual alimento fará com que a vaca produza menos metano?

A CSIRO Sustainable Agriculture Flagship (o destaque da Agricultura Sustentável da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da “Commonwealth”), na Austrália, pensou em fazer as vacas engolirem pequenas sondas com capacidade wireless e detectores de metano. Uma vez dentro do estômago, as cápsulas abrirão suas asas, que têm por função as ancorar dentro do rúmen, local na vaca onde o metano é produzido em maiores quantidades.

Conhecendo a quantidade de metano sendo produzida pelos animais, os pesquisadores podem alterar a dieta das vacas para uma mais amigável ao ambiente. E graças às asas, os dispositivos ficarão nas vacas por semanas, enviando bastante informação aos pesquisadores.

Em resumo, os cientistas vão usar o antiquíssimo método da tentativa-e-erro. Alterando a dieta das vacas e monitorando sua produção de metano, vão tentar encontrar os alimentos que geram menos gás. [PopSci, Grist, FastCoExist, CSIRO]

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