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As 6 coisas mais inexplicáveis que ​​causaram revoltas inacreditavelmente gigantescas

Nós, seres humanos, temos um dom especial para encontrar pelo em ovo. O que quero dizer com isso é que às vezes causamos revoltas por motivos legítimos, por exemplo, para exigir reforma social e política. Mas outras vezes… A causa de nossa violência espontânea e maciça parece uma grande bobagem.

6. A Guerra do Pente


Uma guerra pode começar por causa de um pente? Parece que em Curitiba, pode. Tanto que aconteceu. E o episódio ficou conhecido como “A Guerra do Pente”.

A Guerra do Pente foi um protesto que começou em 8 de dezembro de 1959 na capital paranaense, quando o então governador do Estado, Moyses Lupion, iniciou uma campanha para aumentar uma arrecadação tributária chamada de “Seu Talão Vale um Milhão”. A ideia consistia em juntar comprovantes fiscais de compra no valor de três mil cruzeiros e trocar por um tal cupom que daria o direito ao sorteio de um milhão de cruzeiros. Então, o Subtenente Antônio Tavares, da Polícia Militar do Estado do Paraná, comprou um pente pelo valor de quinze cruzeiros e exigiu o comprovante do comerciante que o vendeu. Houve uma discussão entre eles e o comerciante agrediu Antônio, quebrando sua perna.

Estava feita a guerra

O conflito durou 3 dias. No terceiro dia, o exército interviu e controlou a situação.

5. O dia em que os Beatles perderam um almoço nas Filipinas


Imelda Marcos, uma vez primeira dama das Filipinas, “solicitou” a presença dos Beatles no palácio presidencial em um belo dia. Mas o promotor responsável por reservar o show acabou não combinando esse compromisso com a banda – o que era praticamente a única parte de seu trabalho.

No dia do almoço, então, os Beatles assistiram pela TV em seu quarto de hotel a notícia de como eles não apareceram no almoço presidencial realizado em sua honra. Desfeita terrível.

Presumivelmente, eles estavam se perguntando o tempo todo por que os filipinos estavam fazendo um almoço presidencial para honrá-los. Mais tarde, a banda saiu, e multidões furiosas foram com tudo para cima de sua limusine, gritando insultos e ameaçando derrubar os carros.

Imagine essa cena

De volta ao seu hotel, a equipe de funcionários se recusou a atendê-los, e os homens em ternos elegantes e óculos escuros foram taxados com impostos exorbitantes. E ainda não acabou.

No aeroporto, a equipe novamente se recusou a ajudá-los.

Escadas rolantes misteriosamente pararam quando eles se aproximaram, retardando sua locomoção, enquanto multidões furiosas ficaram rodeando os integrantes da banda, com armas e tudo.

Felizmente, o avião decolou com os quatro Beatles intactos à bordo, mas John Lennon jurou que só voltaria para o país se estivesse muito bem armado.

4. A Grande Guerra da Vaca


Em resposta à crescente taxa de infecção de carne bovina no início do século 20, muitos governos estaduais dos Estados Unidos aprovaram leis que exigiam que veterinários fizessem exames em todas as vacas para identificar a presença da bactéria Mycobacterium bovis, que causa um tipo de tuberculose. A maioria dos agricultores apoiou o programa, porque, vamos concordar: alimentar seus consumidores com carne tuberculosa não parece bom para a saúde.

No entanto, os agricultores do estado de Iowa não gostaram nem um pouco dessa ideia: eles não achavam que o governo estava tentando erradicar a doença. Na verdade, eles pensavam que esses exames para detectar a tuberculose não só espalhavam a doença, como transformavam as vacas em mutantes.

Os agricultores, então, mostraram o seu descontentamento pelo que veio a ser chamado de Guerra da Vaca. O conflito chegou ao ápice em 21 de setembro de 1931, quando o veterinário Peter Malcolm apareceu com uma escolta policial na fazenda de JW Lenker. Uma multidão de 400 agricultores armados com paus, pedras, ovos podres e abóboras (que era considerada mortífera) estavam esperando por ele.

Malcolm e sua escolta conseguiram escapar ilesos, mas o governador de Iowa, Dan Turner, enviou a Guarda Nacional. Depois de alguma confusão, a multidão foi dissolvida e alguns de seus membros foram capturados. Até o final de 1931, os testes em todo o estado tinham sido concluídos, embora tenham sido feitos inteiramente sob escolta armada. Assim terminou a primeira e única guerra da vaca do país.

3. O motim que durou dois meses por causa do preço do teatro


Na era Georgiana da Inglaterra, o teatro era cheio de raiva. Às vezes, os teatros até eram transformados em infernos com a ajuda de alguns “efeitos especiais” da época. Algo tipo: “Ei, vamos disparar este canhão real no palco!”. O que obviamente daria errado. Como deu.

Quando a Opera House de Covent Garden, em Londres, pegou fogo em 1808, seus proprietários reconstruiram o teatro com mais áreas privadas para os clientes mais ricos (o que hoje a gente chama de camarote) e menos espaço de galeria para os camponeses amantes dessa arte.

Hum…

Só que, para ajudar a financiar todas essas acomodações luxuosas, eles também subiram os preços dos bilhetes. Em resposta, o público se revoltou.

Eles levaram a questão bem a fundo, inclusive. O motim foi um tanto sangrento e os tumultos duraram exatos 62 dias. Uma facção formada chamada “Velhos Preços” liderou o movimento.

No dia em que o teatro foi reaberto, eles se uniram e vaiaram, cantaram, gritaram, bateram estacas e panelas (viu, o panelaço não nasceu ontem), e se comportaram como comentadores do Facebook em um post polêmico qualquer.

O governo obviamente subjugou a multidão, mas como ainda haviam clientes, apenas deram de ombros. Afinal, o show tem que continuar.

2. A revolta nacional por causa da meia calça


Uma vez que os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial, muitos materiais se tornaram escassos na vida civil, porque eles eram necessários para o esforço de guerra. Um deles era o nylon, usado para fazer paraquedas, pneus, cordas, tanques de combustível da aeronave e mosquiteiros – apenas para citar alguns exemplos mais importantes (pelo menos nesse cenário) do que um par sexy de meias.

Depois que esse material começou a se tornar disponível ao público novamente, após a guerra, haviam espécies de zumbis sedentos por meias calça de nylon.

Nenhuma outra geração havia se irritado tanto para o bem maior.

A reintrodução de meias de nylon provocou não apenas um único motim, mas uma revolta inteira em todo o país. As pessoas queriam meias e mais meias.

O maior, mas não o mais violento deles, foi em Pittsburgh, onde 40.000 mulheres formaram uma linha de mais de um quilômetro de comprimento para tentar arrebatar um dos 13 mil pares de meias calça de uma loja.

1. Um balão menor do que o esperado


Henry Tracey Coxwell foi um famoso aeronauta do século 19, o que significa que ele pilotou balões de gás tanto para sobreviver quanto por hobby. E como não era a coisa mais comum do mundo (como ainda hoje não é), existia uma certa expectativa sobre ele.

Quando ele apareceu diante de uma multidão de 50.000 pessoas em 1864, Coxwell já tinha feito um nome profissional forte, e os espectadores estavam ansiosos para vê-lo pilotar o seu novo balão, chamado Britannia.

Mas, infelizmente, “ser inconveniente e invejoso” é a profissão mais antiga no mundo. Alguém rapidamente começou um boato de que o balão em exibição não era, de fato, o maior ou mais novo balão de Coxwell, e isso deu início a uma onda de violência no local.

Cidadãos mais ricos que tinham pago para fazer um passeio de balão ficaram na preocupação de que não haveria espaço suficiente, então começaram a ficar raivosos. Coxwell olhou para a multidão furiosa e ameaçou esvaziar a coisa toda, a menos que todos se acalmassem. E aí a multidão foi à loucura.

Tchau, Britannia

A multidão rasgou o Britannia em pedaços, e em seguida atearam fogo no brinquedo de Coxwell. Depois, se voltaram contra o coitado. Felizmente, dois policiais estavam no local e conseguiram deixar o piloto em segurança. Foi por pouco! [cracked, Wikipedia]

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