Até 2011, todos os restaurantes dos EUA terão que indicar no menu as calorias por trás de suas ofertas. Elas devem estar tão destacadas quanto o preço da comida. A razão para tal decisão é que comer fora está associado com obesidade, e os consumidores não têm conhecimento das calorias nos alimentos dos restaurantes.
Mas será que isso vai afetar a escolha das pessoas? O que elas optam por comer ou evitar? Segundo pesquisadores, a resposta a esta pergunta é “talvez”.
Os cientistas pesquisaram 110 milhões de negócios, antes e após a lei entrar em vigor. As escolhas de bebida dos consumidores permaneceram iguais, mas as calorias dos alimentos caíram 14%.
Considerando, porém, que esta diminuição foi de apenas 14% em calorias, não necessariamente consumidas diariamente, o impacto global na caloria nacional levaria a uma redução de apenas 30 calorias em uma dieta de 2.000 calorias por dia.
Mas o efeito pode ser maior para algumas correntes de restaurante. Ainda é muito cedo para dizer, já que a lei é apenas um elemento da campanha americana sobre dieta e saúde. Ainda assim, especialistas dizem que muitos fatores conspiram para tornar a lei menos eficaz.
Um problema é que o marketing acaba compensando o menu detalhado. Assim, embora possa ser verdade que os consumidores comeram mais no Subway (rede de fast-food que vende sanduíches mais naturais) depois da lei, isso foi devido à propaganda do novo sanduíche do Subway, maior do que o típico.
Além disso, em última análise, indicar se um alimento tem 100 ou 1.000 calorias não significa muita coisa se os consumidores não sabem que a maioria dos adultos precisa de apenas cerca de 2.000 calorias por dia.
Segundo os pesquisadores, é preciso oferecer às pessoas não apenas a indicação de calorias, mas também uma compreensão do balanço de energia. [LiveScience]