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Assista vídeo de um homem que sobreviveu três dias em navio naufragado

No último mês de maio, um cozinheiro nigeriano de 29 anos fez história ao passar quase três dias preso em um navio naufragado e ser resgatado com vida do fundo do mar. Em pouco tempo, o mundo conheceu a história de Harrison Okene, único sobrevivente de uma catástrofe que matou onze pessoas no Oceano Atlântico. Agora, um vídeo mostrando detalhes do resgate veio à tona.

São quase 15 minutos de imagens. Elas mostram o momento em que dois mergulhadores sul-africanos descrentes, que fazem as buscas no interior do barco e se comunicam com o controle, na superfície, descobrem que lá dentro há um homem com vida.

Por volta de 5:30, um dos mergulhadores desconfia que algo está se mexendo, e em seguida, o espanto: “Está vivo, está vivo”, grita, em inglês, o socorrista, e em seguida suas mãos encontram as mãos de Okene. A partir dos 6 minutos, a imagem se torna nítida: lá está o cozinheiro, apenas com um calção preto, perturbado e confuso, mas incrivelmente vivo.

Lúcido, ele mesmo falou com o controle e recebeu instruções sobre o próprio resgate, como instalar a máscara de oxigênio e, com o auxílio dos mergulhadores, reconquistar a liberdade.

O acidente

Quando uma embarcação vai a pique, os minutos e horas que se seguem à tragédia são cruciais para a vida dos ocupantes. Aqueles que conseguem deixar o barco têm chance de se salvar; mas se forem junto com ele para as profundezas, essas chances são mínimas.

Harrison Okene era um cozinheiro a serviço de um navio rebocador que, com doze tripulantes a bordo, fazia trabalhos para uma empresa de petróleo em mar territorial nigeriano, no Oceano Atlântico. No dia 26 de maio, quase às cinco da manhã, o barco virou após uma violenta tempestade.

No momento do naufrágio, Harrisson estava em uma pequena cabine que servia como banheiro. Quando notou que a água invadia o interior do compartimento, ele forçou a porta de ferro da casa de banho e tentou escapar para outra cabine, mas não conseguiu. A partir daí, segundo o próprio cozinheiro, foi uma espera lenta pela morte inevitável, que chegaria assim que a água enchesse toda a cabine em que ele estava. Mas isso nunca aconteceu.

A descrição desta etapa ganha cores mais vivas na narração do próprio Okene. “(…) Eu estava com muita fome, mas principalmente, com muita sede (…) Eu estava muito, muito gelado, e estava tudo escuro. Eu não conseguia ver nada, mas eu podia sentir os corpos mortos de minha tripulação nas proximidades. Eu podia sentir o cheiro deles. Os peixes chegaram e começaram a comer os corpos, e eu podia ouvir o som. Foi horrível”, contou.

A tortura de Okene acabou no dia 28, mais de 60 horas após o início do drama. Quando chegaram os mergulhadores pagos pela empresa Chevron, para quem o navio prestava o serviço, o resgate foi rápido, como se vê no vídeo. Um a um, os corpos dos companheiros do cozinheiro foram encontrados. [Sploid / Huffington Post / Yahoo!]

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