A NASA descobriu recentemente um asteróide orbitando à direita da Terra em um movimento excêntrico, que se parece muito com uma ferradura.
Os pesquisadores usaram dados dos observatórios da NASA como ponto de partida para determinar a órbita do asteróide, e usou simulações de computador para vasculhar cada órbita possível que ele poderia ter. Todas as simulações previram o caminho estranho em forma de ferradura.
Segundo os cientistas, a rocha, apelidada de asteróide 2010 SO16, segue a Terra conforme ela orbita o sol há pelo menos 250.000 anos, e tem até 400 metros de largura. Sua distância média do sol é idêntica à da Terra, mas o que impressiona os cientistas é como sua órbita é parecida com a do nosso planeta.
O asteróide leva cerca de 175 anos para viajar de uma ponta a outra de sua órbita. Em diagrama, a órbita do asteróide se assemelha a uma letra “C” gigante, com a Terra posicionada entre os dois pontos finais.
Atualmente, o asteróide está em um ponto da sua órbita próximo a ponta da ferradura, em direção a Terra. Apesar de parecer que sua órbita está ligada à da Terra, o asteróide não representa nenhum risco de bater em nosso planeta.
Segundo os cientistas, o asteróide se mantém bem longe da Terra. Tão bem que provavelmente esteve nesta órbita por várias centenas de milhares de anos, nunca chegando mais perto do planeta do que 50 vezes a distância até a lua (a distância média entre a Terra e a lua é de cerca de 382.900 quilômetros).
O asteróide 2010 SO16 não é a única rocha espacial que circula o sol em uma “órbita ferradura” que o traz perto da Terra. Pelo menos três outros asteróides têm órbitas similares, embora não tão estáveis.
O asteróide Cruithne, de 5 quilômetros de largura e que leva cerca de 770 anos para completar sua órbita em ferradura, deve manter-se em um padrão de exploração próximo a Terra há pelo menos 5.000 anos.
Os cientistas explicam que esses outros asteróides permanecerão próximos a Terra por alguns milhares de anos antes de seguir adiante.
O próximo passo da pesquisa é identificar de onde o asteróide 2010 SO16 veio. E as opções são abundantes. A rocha poderia ter sido expulsa do principal cinturão de asteróides do sistema solar entre as órbitas de Marte e Júpiter, ou pode ser um “membro rebelde” de um grupo de asteróides que orbita pontos gravitacionais estáveis à frente e atrás da Terra. Também poderia ser um pedaço da lua “atirado” durante um impacto, um remanescente residual da formação do sistema solar há 4,5 bilhões de anos.
Os cientistas estão realizando observações de acompanhamento para aprender mais sobre suas características. Segundo eles, o asteróide permanecerá como um objeto noturno dos céus da Terra por muitos anos ainda. [LiveScience]