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O LHC já encontrou algum buraco negro?

Desde 2008, o Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider – LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, está ativo. Seu principal objetivo é obter dados sobre colisões de feixes de partículas.

Muitos teóricos tinham esperança de que o colisor, baseado perto de Genebra, na Suíça, criasse buracos negros em miniatura, de curta duração.

Esses buracos negros não constituiriam uma ameaça a Terra, mas forneceriam evidências de hipotéticas dimensões que poderiam estar fora do mundo 3D que os seres humanos normalmente experimentam.

Se essas dimensões existissem, os grávitons, partículas que transmitem a força da gravidade, poderiam vazar para elas, oferecendo uma explicação muito necessária do por que a gravidade é muito mais fraca do que as outras forças.

Nas altas energias criadas no interior do LHC, porém, a colisão de prótons pode ser afetada mesmo por grávitons das dimensões extras, fazendo com que a gravidade seja forte o suficiente para criar buracos negros. Até agora, porém, eles não têm surgido.

No interior do LHC, os buracos negros produziriam um excesso de partículas de alta energia em ângulo reto com o feixe de prótons. No entanto, os pesquisadores afirmam não ter visto esse sinal até o momento. Isto exclui o surgimento de buracos negros em miniatura com energias entre 3,5 e 4,5 trilhões de elétron volts ou TeV.

Isso não significa que é impossível existir outras dimensões. Mas os novos resultados excluem algumas variações na hipótese de dimensões extras. Se elas existem, são mais difíceis de detectar do que se pensava anteriormente, uma restrição importante que os teóricos terão de respeitar. Ainda assim, a busca vai continuar normalmente. [NewScientist]

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