Segundo novas pesquisas tentar realmente é mais importante do que conseguir – então não era papo furado de sua namorada quando você tentou cozinhar para ela e queimou todas as panelas (a não ser que você tenha deixado a louça para ela lavar).
Essa prioridade é percebida até mesmo por crianças com menos de 21 meses de idade, de acordo com um estudo. A evolução explica isso: a maioria das espécies ajuda seus familiares porque, de certa forma, sabe que estão ajudando genes similares aos seus a sobreviverem.
Mas humanos são, de longe, a mais altruísta das espécies (embora, algumas vezes, não pareça). Temos a capacidade de ajudar pessoas que nos são completamente estranhas. Até mesmo Darwin achou isso estranho.
Mesmo assim não ajudamos a todos. Então como fazemos o processo de seleção? Pesquisas anteriores mostraram que cerca de 80% das crianças de 14 a 18 meses ajudam prontamente qualquer um que esteja necessitando – seja pegando objetos no chão ou abrindo portas para que os outros passem.
E os estudos anteriores sugerem que isso acontece até que as crianças atinjam uma certa idade. No seu processo de crescimento, elas irão ser rejeitadas e não serão ajudadas por algumas pessoas.
Então elas também aprenderiam quem vale a pena ajudar e quem devem ignorar.
Mas novos dados mostram que as crianças escolhem quem devem ajudar desde sempre e que não estão interessadas em trocas materiais pela ajuda, mas sim em ajudar quem mostra a mesma cortesia com elas.
Nos experimentos as crianças que estavam sendo analisadas conheceram duas mulheres amigáveis, mas que diferiam na vontade de dar brinquedos a elas. Depois da apresentação, as crianças tiveram a oportunidade de ajudar alguma das mulheres retornando um objeto que elas haviam derrubado.
Quando a segunda mulher era incapacitada de dar o brinquedo, as crianças a ajudavam do mesmo jeito. Mas quando ficava claro para elas que ela não queria dar o brinquedo, a boa vontade dos pequenos em relação a ela sumia.
A pesquisa sugere que, mesmo quando somos pequenos, valorizamos mais as intenções do que as conquistas em si.
Fonte: LiveScience