Ícone do site HypeScience

Atletas são mais “burros” que não atletas?

No Brasil, onde o futebol é a mina de riqueza de alguns, os jogadores são muitas vezes hostilizados por ganharem tanto dinheiro mesmo com capacidade intelectual tão reduzida. A reclamação reside no fato de que tanta gente estuda, batalha e luta por um país melhor, enquanto a habilidade com a bola é mais valorizada. De que jeito vamos para a frente?

Por outro lado, o esporte é superimportante para a sociedade e tem seu lado bom, na verdade incrível, como a promoção da saúde, da união, da disciplina. Estudos até sugerem que o esporte pode mudar nosso cérebro e diminui o comportamento agressivo entre crianças. Inteligência, no entanto, não parece ser uma de suas vantagens principais.

Não estamos falando que todos os atletas são burros. No caso do futebol brasileiro, o que acontece é que bons jogadores se destacam cedo e acabam priorizando a carreira esportiva profissional aos estudos, o que resulta numa classe certamente pouco culta.

Mas o esporte ainda continua sendo essencial nas escolas, para o bem-estar das crianças e dos futuros adultos, e não vai, provavelmente, nos deixar mais burros. O único problema é que certos esportes de contato, que podem provocar lesões principalmente na cabeça, também podem levar os atletas a um desempenho pior em testes.

O pesquisador Thomas McAllister, de Dartmouth College, nos EUA, estudou atletas escolares, testando-os no início e no final de uma temporada de campeonatos esportivos.

O resultado: 22% dos alunos que participaram de esportes de contato (futebol americano, hóquei) pontuaram significativamente menos em habilidades de memória e aprendizagem do que o esperado, contra apenas 4% de atletas de esportes sem contato (esqui nórdico, golfe).

“Essa porcentagem foi descoberta logo após a temporada, e não sabemos quanto tempo o efeito [dos impactos na cabeça] duram”, disse McAllister. “Embora possa ser ruim para os 22%, a boa notícia é que, em geral, há poucas diferenças nos resultados de testes entre os atletas em esportes de contato e atletas em esportes sem contato”.

Ou seja, praticar esportes e exercícios físicos ainda vale a pena, só precisamos ter um cuidado especial com a segurança, para evitar lesões significativas.[LiveScience]

Sair da versão mobile