Uma equipe de cientistas da Universidade Commonwealth, da Virginia (EUA) descobriu um super átomo magnético – um aglomerado estável de átomos que consegue simular vários elementos da tabela periódica. Acredita-se que isso pode ser usado para criar chips eletrônicos para uma nova geração de computadores, mais rápidos e com mais memória.
Átomo magnético descoberto
O aglomerado consistia de um átomo de Vanádio e oito de Césio, que agem como um pequeno imã, que pode se parecer com um átomo de Magnésio em força magnética, enquanto permite que os elétrons sigam as orientações do spin do Césio. Com uma série de estudos teóricos, Shiv Khanna, professor do departamento de física da Universidade, juntamente com seus colegas Ulises Reveles, A.C. Reber e o estudante P. Clayborne, realizaram as descobertas. O Instituto de Pesquisa Harish-Chandra, em Allahabad (Índia), examinou as propriedades eletrônicas e magnéticas do aglomerado.
A equipe descobriu que o aglomerado ficava mais estável com oito átomos de Césio. Um átomo fica em seu estado mais estável quando sua camada exterior está cheia. Por isso, quando um átomo se combina com outros, ele tende a ganhar ou perder valência eletrônica para chegar a uma configuração estável. “Foi importante descobrir qual combinação de átomos leva a uma espécie mais estável. A combinação de características condutoras e elétricas também era desejável. O césio é um bom condutor de eletricidade, e por isso o super átomo combina o caráter magnético com uma condução facilitada”, afirma Khanna.
De acordo com o professor, o aglomerado teve um momento com cinco magnetos de Bohr, mais que o dobro de um átomo de ferro. O momento magnético é a medida do magnetismo inteiro do aglomerado. Um átomo de Manganésio tem características semelhantes, e Khanna afirma que a descoberta pode ser usada para simular um átomo de Manganésio.
“A combinação que criamos pode levar a grandes desenvolvimentos na área da eletrônica molecular, um campo em que pesquisadores estudam correntes elétricas em pequenas moléculas. Tais dispositivos moleculares podem ajudar a criar itens de armazenamento de dados não-voláteis, mais integrados e com outros benefícios”, diz.
Khanna e sua equipe estão realizando estudos preliminares com moléculas compostas por dois desses super átomos e vêm fazendo observações promissoras para a área de spintrônica – área que usa os spins de elétrons para criar novos produtos de processamento e armazenamento de dados. [Science Daily]