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Avião não-tripulado está em desenvolvimento

Você já ouviu falar na medida homem-hora? Ela mede a quantidade de trabalho que um homem produz em uma hora, e serve para se saber o quanto se trabalhou quando há muitos funcionários envolvidos em uma mesma tarefa. Pois bem, o Ministério da defesa da Grã-Bretanha empregou trabalhadores para uma missão que consumiu três milhões de homens-hora. É Taranis, um super avião de combate com uma diferença muito importante para os anteriores: ele não é tripulado.

O avião tem previsão para levantar voo em testes, pela primeira vez, já em 2011. O objetivo é essencialmente bélico: passar a construir aviões de guerra que não necessitem de um piloto arriscando sua pele em sua cabine. Na realidade, já existem aviões semelhantes em operação, mas que podem apenas voar em territórios de aliados: em caso de uma guerra, não poderiam ir se aventurar “com segurança” no espaço aéreo do inimigo. Taranis está sendo preparado para ser um avião invasor, que se torne o braço direito da RAF (Royal Air Force, a esquadra aérea da Terra da Rainha).

Aviões tripulados têm no piloto a sua parte mais vulnerável. Com qualquer grande perturbação gravitacional ou relacionada à pressão atmosférica, o primeiro que sente os efeitos e corre risco de “pane” é justamente o ser humano que pilota o avião. Se ele desmaia, de nada adianta que a máquina esteja em perfeitas condições. Como se as dificuldades naturais não bastassem, a maioria dos mísseis antiaéreos é programada para explodir junto à cabine, o que é morte quase certa para o piloto. O Taranis, não tripulado, tem maiores chances de “sobreviver” a um míssil.

O fato de não haver ninguém na aeronave, entretanto, não significa que este não seja controlado por humanos. A ideia é que um operador fique na base da RAF, e possa guiar o avião no conforto da sala de comando, via satélite. E alguns problemas ainda estão para ser solucionados, como explica um dos cientistas envolvidos: “Em caso de sequestro ou pouso forçado, nada substitui uma avaliação humana sobre a situação e o terreno que envolve o avião”. É uma dificuldade que a Royal Air Force ainda tem para superar. [BBC]

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