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Baleia assassina: orcas criam ondas para caçar focas

Uma equipe da BBC estava filmando orcas, as baleias assassinas, para o documentário “Planeta Congelado”, quando notaram que elas criavam ondas para deixar suas presas vulneráveis na água.

O alvo dos predadores eram as focas de Weddell. Eles filmaram um ataque a uma foca que estava descansando em um pequeno bloco de gelo. As orcas conseguiram a tirar do gelo, onde poderiam chegar até ela.

Os cientistas que trabalharam com a equipe de filmagem disseram que as imagens revelam novas descobertas sobre a ecologia da baleia assassina.

Embora as orcas já tenham sido gravadas caçando desta forma, o Dr. Robert Pitman disse que “ver imagens como essa, do animal em ação, é totalmente sem precedentes”.

A tal técnica de criar ondas das orcas foi observada pela primeira vez por cientistas no início de 1970. “Não mais foi vista por cerca de 30 anos”, explicou o Dr. Pitman. “Em seguida, um turista em um passeio de barco fez alguns vídeos caseiros”.

A partir de 2009, a equipe de cientistas e de filmagem da BBC se reuniu com o intuito certo de rastrear e seguir orcas para documentar o comportamento. E orcas não são os animais mais fáceis de se rastrear; elas podem viajar até 320 quilômetros em um dia, conforme se movem ao redor em busca de suas presas.

“Mas nós tivemos sorte”, disse o Dr. Pitman. “Vimos 22 ataques de onda em 22 focas diferentes; esta era realmente uma ocorrência bastante comum”.

“A parte mais chocante foi que, embora existam muitos tipos diferentes de focas, elas estavam apenas interessadas em focas de Weddell”, afirmou o pesquisador. “Aprendemos muito, foi uma grande colaboração”.

A viagem também deu um maior peso a uma teoria de que na verdade existem vários tipos diferentes de orca. Dr. Pitman acredita que poderia haver quatro espécies diferentes somente na Antártida, e que seus hábitos alimentares são diferentes, com alguns mamíferos caçando e outros se alimentando apenas de peixes.

“Este é um dos mamíferos mais facilmente identificáveis do mundo, e ainda assim estamos apenas começando a descobrir as diferenças a nível de espécie. Isso só mostra o quão pouco sabemos sobre a vida em nossos oceanos”, comenta Pitman.[BBC]

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