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Vídeo mostra como a Terra não orbita exatamente o sol

sistema solar: planetas e órbitas

Todos sabem que o sistema solar tem, no seu centro, o sol. Todos os planetas, uma camada de asteróides e cometas orbitam a estrela-mãe. Mas não é tão simples assim. Na realidade tudo que existe no sistema solar, inclusive o sol, orbita um mesmo centro de massa.

Peraí?! O Sol orbita um centro de massa no sistema solar?

O centro de massa do sistema solar é conhecido como baricentro. Baricentro é o ponto de equilíbrio, o local em que de toda a massa está distribuída de maneira uniforme ao seu redor. E, pasme, esse ponto não costuma estar alinhado com o centro do sol.

O vídeo abaixo, criado por James O’Donoghue, cientista planetário da Agência espacial Japonesa, mostra o processo em que Saturno e Júpiter puxam o sol como se a estrela tivesse mini-órbitas em volta do baricentro.

Segundo O’Donoghue raramente orbitamos o sol como pensamos.

Para fins didáticos animação acima mostra o movimento do sol exagerado para ficar mais clara como a estrela faz mini-órbitas ao redor do baricentro. Ele circula a milhões de quilômetros em volta do baricentro, passando por cima dele às vezes.

Apesar o sol conter 99,8% da massa de todo o sistema solar Júpiter tem a maior parte dos 0,2% que restam e isso faz com que o sol seja atraído suavemente. Ou seja, o sol levemente orbita Júpiter.

A Terra e a lua também tem o seu próprio baricentro, assim como qualquer outro planeta e sua(s) lua(s). Mas é uma órbita mais simples do que a do sol, Júpiter e Saturno:

Apesar da distância entre a Terra e a Lua não estar em escala é possível ver no vídeo como nosso satélite se moverá nos próximos três anos.

O pequeno planeta-anão Plutão também tem uma lua, Caronte. O baricentro deles, no entanto, nunca passa por Plutão. O vídeo está em escala:

“Os planetas orbitam o Sol, é claro. Estamos apenas sendo pedantes sobre a situação.”

Afirmou O’Donoghue.

Portanto todo sistema planetário tem um ponto invisível que orbita, incluindo sua própria estrela central. E quando uma estrela observada “rebolando” muito é possível identificar que há um planeta, possivelmente massivo, em sua orbita. Inclusive é possível calcular sua massa. E dessa maneira foram descobertos muitos exoplanetas gigantes. [Business Insider]

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