As baterias de lítio foram uma revolução no campo das energias portáteis, devido à sua inédita é densidade energética e longa duração da carga. Por isso foram escolhidas para compor a quase totalidade dos carros produzidos no século XX. Além disso, estão sendo vistas como prioridade para a montagem dos carros elétricos ou híbridos. O problema é o processo oneroso pelo qual essas baterias são reutilizadas, apenas cinco empresas no mundo detêm tal tecnologia. Mas a General Motors, dos EUA, arranjou uma aplicação para as baterias vazias: armazenar energia eólica e solar.
Lítio é extremamente reativo e propenso a explosões ou combustão, e é muito difícil manuseá-lo de forma segura. É preciso primeiro remover toda a carga restante e depois congelar criogenicamente (a temperaturas próximas de 0 Kelvin, o chamado “zero absoluto)” as baterias. O fluido resultante dessa operação é usado até em alguns fortíssimos medicamentos psiquiátricos. De forma geral, no entanto, a esmagadora maioria das baterias de lítio são aposentadas após o fim de sua vida útil a um carro.
A questão é a seguinte: mesmo depois de não ter mais energia suficiente para colocar um automóvel em funcionamento, ainda há muito fluido restante em uma bateria de Lítio. Em busca de uma solução viável e barata para usar energia solar e eólica, engenheiros americanos uniram o “útil ao agradável”. Utilizaram o cartucho da bateria “vazia”, com os íons de lítio que ainda estão lá, como uma espécie de “amplificador energético” para carros elétricos.
Assim, um carro movido a vento ou a luz solar pode funcionar a um preço muito mais acessível, tanto para quem produz o veículo como para os potenciais motoristas. Com o fim da energia de combustíveis fósseis se aproximando a cada dia, parece que já temos uma eficiente carta na manga para fazer essa substituição. [Daily Tech]