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Beber álcool é ligado a melhor sobrevivência depois de um ataque cardíaco

Segundo um novo estudo, mulheres que bebem desde um pouco de bebida alcoólica por mês a mais de três drinks por semana no ano que antecede a um ataque cardíaco vivem mais do que mulheres que nunca beberam álcool.

As descobertas do estudo aumentam a evidência de que o álcool, independentemente do tipo de bebida, pode ser bom para o coração.

Os pesquisadores entrevistaram mais de 1.200 mulheres internadas por um ataque cardíaco. Eles fizeram perguntas sobre seu consumo de bebidas alcoólicas, juntamente com questões de saúde e de estilo de vida.

Depois de pelo menos 10 anos de acompanhamento, a equipe descobriu que 44 em cada 100 mulheres que tinham se abstido de álcool haviam morrido, enquanto 25 em cada 100 bebedoras leves haviam morrido e 18 em cada 100 bebedoras pesadas haviam morrido.

Isto traduziu-se sobre uma chance de 35% menor de morrer durante o período de acompanhamento para as mulheres que bebiam, em comparação com aquelas que não bebiam.

Havia um risco igualmente reduzido de morrer dentro do período do estudo independente se as mulheres bebiam vinho, cerveja ou bebidas destiladas.

“Uma coisa interessante foi que nós não vimos diferenças entre os tipos de bebidas. A evidência mais recente sugere que é o álcool em si que é benéfico”, disse Joshua Rosenbloom, que liderou o estudo.

“Um drinque por dia é uma média boa, assumindo que uma pessoa consegue se disciplinar para beber só isso”, disse o cardiologista James O’Keefe, que não esteve envolvido no estudo.

Em um estudo anterior, incluindo homens e mulheres, O’Keefe descobriu que pessoas que continuaram a beber moderadamente depois de ter um ataque cardíaco tinham uma saúde melhor do que aquelas que se abstiveram.

Segundo o médico, você não precisa assumir que as pessoas precisam parar de beber uma vez que desenvolveram doenças cardíacas.

“O problema é que o álcool é um terreno escorregadio, e ao mesmo tempo em que sabemos que um pouco é bom para nós, muito já é muito ruim”, argumenta.[Reuters]

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