O que você faria se não tivesse controle sobre seus movimentos? Se suas pernas se movessem sozinhas, andando para a direção contrária de sua vontade? Se seus braços não o obedecessem quando está tentando alcançar algo? E, pior, se alguém estivesse controlando todas as suas ações por um controle remoto, obrigando-o a fazer o que não deseja?
Esses pensamentos podem não ser tão absurdos, considerando a mais recente pesquisa da Universidade de Berkeley. Na conferência acadêmica de Sorrento, na Itália, cientistas da instituição mostraram um vídeo no qual um besouro vivo é controlado por ondas de rádio.
O equipamento consiste em eletrodos espalhados pelo corpo do inseto que enviam estímulos aos seus músculos, obrigando-os a responder da forma determinada por quem estiver em posse do controle-remoto.
A pesquisa utilizou escaravelhos, já que, por seu porte avantajado, eles podem carregar o equipamento. A outra razão fornecida pela universidade é a de que eles têm uma aparência “legal”. É… Deve ser ultra divertido ver um exército de escaravelhos ciborgues ‘legais’ vindo em sua direção.
Os experimentos estão sendo financiados pela DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency – algo como Agência de Pesquisas para Projetos de Defesa Avançada), uma organização militar dos EUA – o que já deixa claro o propósito de tais pesquisas. A Universidade de Berkeley afirmou que planeja instalar, também, uma pequena câmera para que os besouros possam servir como pequenos robôs de vigilância, ou até mesmo espiões, no lugar de seres humanos, podendo, até mesmo, poupar pessoas de realizarem serviços perigosos.
Alguns discutem sobre questões morais ao se usar um ser vivo para tais propósitos já que, temporariamente, o besouro se torna um “ciborgue”, um robô. Outros já torcem para que, daqui a alguns anos, não sejam ciborgues humanos o motivo da discussão. [Tech On]