Bill Gates pobre: bilionário revela o que faria se tivesse que viver com apenas R$7 por dia

Por , em 13.11.2017

Infelizmente, vivemos em um mundo desigual. Muitas pessoas ao redor do planeta precisam se sustentar e também suas famílias com muito pouco ou quase nenhum dinheiro todos os dias. Bill Gates certamente não está neste grupo de pessoas. Pelo contrário: o criador da Microsoft foi por muito tempo considerado o homem mais rico do planeta. Porém, através da fundação que criou ao lado da mulher, Melinda Gates, o bilionário diz trabalhar como um “impaciente otimista” para reduzir a desigualdade no mundo.

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A fundação Bill e Melinda Gates é, na verdade, a maior fundação de caridade do planeta, com ativos estimados na casa de 37 bilhões de dólares. No texto abaixo, usado para uma campanha da fundação, Bill Gates diz o que faria caso precisasse viver com apenas dois dólares por dia – uma realidade que milhões de pessoas enfrentam em suas vidas cotidianas.

“Se você estivesse vivendo com dois dólares por dia, o que você faria para melhorar sua vida?

Essa é uma pergunta real para quase 1 bilhão de pessoas que vivem em extrema pobreza hoje. Não há uma resposta certa, é claro, e a pobreza parece diferente em diferentes lugares. Mas através do meu trabalho com a fundação, conheci muitas pessoas em países pobres que criam galinhas e aprendi muito sobre os prós e contras de possuir essas aves- como um menino da cidade de Seattle, eu tinha muito a aprender!. É bastante claro para mim que praticamente qualquer pessoa que esteja vivendo em extrema pobreza estaria melhor se tivesse galinhas.

Na verdade, se eu estivesse na situação delas, era o que eu faria – eu iria criar galinhas.

Aqui está o porquê:

– Elas são fáceis e baratas de cuidar. Muitas raças podem comer o que encontram no chão (embora seja melhor se você puder alimentá-las, porque elas crescerão mais rapidamente). As galinhas precisam de algum tipo de abrigo onde possam aninhar e, à medida que sua granja cresce, você pode querer um pouco de madeira e arame para fazer um viveiro. Finalmente, as galinhas precisam de algumas poucas vacinas. A que impede a mortal doença de Newcastle custa menos de 20 centavos.

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  • Elas são um bom investimento. Suponha que uma novo fazendeira comece com cinco galinhas. Um dos seus vizinhos possui um galo para fertilizar os ovos das galinhas. Depois de três meses, ela pode ter um grupo de 40 filhotes. Eventualmente, com um preço de venda de 5 dólares por frango – o que é típico na África Ocidental – ela pode ganhar mais de 1.000 dólares por ano, acima da linha de pobreza extrema, que é de cerca de 700 dólares por ano.
  • Elas ajudam a manter as crianças saudáveis. A desnutrição mata mais de 3,1 milhões de crianças por ano. Embora comer mais ovos – que são ricos em proteínas e outros nutrientes – possa ajudar a combater a desnutrição, muitos agricultores com granjas pequenas acham que é mais econômico deixar os frangos nascerem, vendê-los e usar o dinheiro para comprar alimentos nutritivos. Mas se a granja de uma fazendeira é grande o suficiente para dar ovos extras, ou se ela tiver alguns quebrados, ela pode decidir cozinhar para sua família.
  • Elas capacitam as mulheres. Como as galinhas são pequenas e, tipicamente, ficam perto de casa, muitas culturas as consideram como um animal das mulheres, em contraste com animais maiores, como cabras ou vacas. As mulheres que vendem galinhas provavelmente reinvestem os lucros em suas famílias.

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O Dr. Batamaka Somé, um antropólogo de Burkina Faso que trabalhou com nossa fundação, passou grande parte de sua carreira estudando o impacto econômico da criação de galinhas em seu país de origem. Neste vídeo, ele explica por que ele é tão apaixonado por aves domésticas (o vídeo tem legendas em inglês).

Uma grande aposta em galinhas

“Nossa fundação está apostando em galinhas. Ao lado de parceiros em toda a África subsaariana, estamos trabalhando para criar sistemas de mercado sustentável para aves domésticas. É especialmente importante para esses sistemas garantir que os agricultores possam comprar aves que foram devidamente vacinadas e que se adequam às condições de crescimento local. Nosso objetivo: ajudar 30% das famílias rurais na África subsaariana a aumentar as raças melhoradas de galinhas vacinadas, acima dos apenas 5% atualmente.

Quando eu estava crescendo, as galinhas não eram algo que você estudava, eram algo com quem você faz piadas tolas. Tem sido uma abertura para mim saber qual a diferença que elas podem fazer na luta contra a pobreza. Parece engraçado, mas eu falo sério quando digo que estou entusiasmado com as galinhas”. [Gates Notes]

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