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Brasil se tornará primeiro membro não-europeu do Observatório Europeu do Sul

O Brasil está prestes a se tornar o mais novo membro do Observatório Europeu do Sul (ESO – European Southern Observatory), uma organização intergovernamental de astronomia. Após a ratificação do governo brasileiro, o Brasil se tornará o décimo quinto estado-membro do ESO, e o primeiro de fora da Europa.

Em uma cerimônia realizada em Brasília dia 29 de dezembro, o ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, e o diretor-geral do ESO, Tim de Zeeuw, assinaram o acordo de adesão formal.

A adesão do Brasil foi aprovada por unanimidade pelo Conselho do ESO em reunião realizada 21 de dezembro, mas o acordo deve ser submetido ao Parlamento brasileiro para aprovação.

O Observatório Europeu do Sul tem um histórico bem sucedido de participação junto às nações sul-americanas, desde que o Chile foi escolhido como o melhor local para os observatórios em 1963. Até agora, porém, nenhum país não-europeu havia entrado no ESO como um Estado membro.

Segundo o ministro Rezende, entrar para o ESO vai dar um novo impulso para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil, como parte dos esforços consideráveis que o governo está fazendo para avançar o país nessas áreas estratégicas.

A comunidade astronômica brasileira terá pleno acesso ao mirante mais produtivo do mundo. Isso irá abrir novas oportunidades para a indústria de alta tecnologia brasileira, que poderá contribuir com o projeto “European Extremely Large Telescope” (em português, telescópio europeu extremamente grande).

O European Extremely Large Telescope é um observatório terrestre com um espelho de 42 metros de diâmetro. O observatório, que será localizado na montanha Cerro Armazones, na parte central do deserto do Atacama, no Chile, está atualmente em fase de projeto.

Uma revisão recente concluiu que o projeto está tecnicamente pronto para entrar na fase de construção. O sinal verde para a construção está previsto para 2011, e as operações devem começar no início da próxima década. Astrônomos europeus, brasileiros e chilenos terão acesso a este telescópio gigante.

O ESO é apoiado por 14 países, incluindo França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Reino Unido. A organização opera atualmente três locais de observação no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. [Space]

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