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Câmeras escondidas revelam desequilíbrio da vida selvagem no Ártico

A Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, na sigla em inglês) está fazendo descobertas inéditas sobre os animais em regiões próximas ao Polo Norte, graças ao simples cuidado de manter câmeras escondidas funcionando e coletando informações. E algumas imagens não trazem boas notícias: foi possível ver como a atividade humana tem atrapalhado o fluxo migratório de pássaros na área.

As câmeras foram colocadas em pontos estratégicos do Alasca, estado americano situado a noroeste do Canadá. As fotos revelam que houve um aumento significativo, nos últimos tempos, do número de ninhos de pássaros em extinção atacados por predadores como raposas, ursos, corvos e gaivotas.

Não se trata de cadeia alimentar normal. Os pássaros migratórios, em situação natural, montam seus ninhos em alguns locais inacessíveis para os predadores, o que evita o desequilíbrio na população dos animais. O problema é que a área analisada está cercada, atualmente, de pontos de extração de petróleo, que transformaram a paisagem.

Os campos de petróleo, com suas torres e plataformas, permitiram que raposas pudessem escalar terrenos que antes eram inalcançáveis, e elas agora têm nos ninhos de pássaros uma nova fonte de alimento. As gaivotas, enquanto isso, podem pousar no alto das torres das plataformas, e de lá partir para atacar pássaros em áreas antes inacessíveis.

A região analisada ilustra bem o problema, já que é um terreno em volta de um grande lago. As plataformas estão em uma das margens, e na outra não há nenhum empreendimento humano.

Conforme os cientistas esperavam, a quantidade de ninhos de pássaro encontrados foi muito maior no lado “não civilizado” do lago. E o distúrbio na população de várias espécies de aves tem sido comprovado por levantamentos anuais da WCS: a cada doze meses, o número total de indivíduos diminui. [LiveScience]

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