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Como capturar antimatéria? Novo experimento cria armadilha

Um novo projeto de como capturar antimatéria está em andamento no laboratório de física europeu CERN, para produzir versões de prótons de antimatéria, antiprótons, e capturá-las para estudo.

Como capturar antimatéria

Antimatéria é o primo assustador da matéria normal. Para cada partícula subatômica regular, acredita-se que tenha uma antipartícula correspondente, com massa igual e carga oposta. Quando uma partícula e sua antimatéria se encontram, elas se aniquilam mutuamente e se tornam energia pura.

O CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) é o lar de outras famosas experiências de física, incluindo o maior acelerador de partículas do mundo – o Large Hadron Collider, ou LHC – e o experimento OPERA, que recentemente anunciou a detecção de partículas que parecem estar viajando mais rápido que a luz.

O novo projeto, chamado Extra Low Energy Antiproton Ring (ELENA) inclui cientistas do Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Japão, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. Sua construção está prevista para começar em 2013 e os pesquisadores pretendem produzir seu primeiro antipróton em 2016.

ELENA é uma nova unidade destinada a entregar antiprótons com o menor energia possível, a fim de melhorar o estudo da antimatéria.

Enquanto outros experimentos, como o LHC, focam na aceleração de partículas, ELENA vai usar um anel para retardar os antiprótons. Quanto mais devagar as partículas se moverem, os cientistas serão capazes de prendê-las antes delas se aniquilarem com partículas de matéria e desaparecem.

O anel desacelerador ELENA deve ser capaz de melhorar a eficiência com que antiprótons são presos. Este é um grande passo para a física da antimatéria, que não irá só melhorar o potencial de investigação das experiências existentes, mas também permitirá que o CERN suporte uma ampla gama de experimentos com a antimatéria.

As pesquisas futuras sobre o antipróton deve ajudar os cientistas a compreender a natureza fundamental da matéria e antimatéria e pode até oferecer esperança para o desenvolvimento de novas terapias de tratamento do câncer. Mais uma vez, dedos cruzados. [LiveScience]

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