Uma pesquisa do Reino Unido pode ajudar as mães de crianças que andam meio preguiçosas. Se colocar a criança para assistir Lazy Town na TV a cabo não adiantou muito, o segredo é incentivá-la a chamar o melhor amigo para brincar.
Cientistas do Centro para Exercício, Nutrição e Ciências da Saúde da Universidade de Bristol chegaram à conclusão que meninos e meninas que participam de exercícios físicos com seus amigos da vizinhança têm níveis mais altos de atividades físicas. Os pesquisadores estavam em busca de soluções para reverter o quadro de crianças que, hoje em dia, não fazem atividades físicas o suficiente.
Eles escolheram crianças da faixas etárias de 10 e 11 anos para examinar até que ponto a influência de um amigo pode estimular a garotada a se exercitar. Eles estudaram os dados oferecidos por 986 crianças, das quais 472 responderam sobre si mesmos e sobre o melhor amigo. Eles identificaram quem era seu “melhor amiguinho”, responderam com qual frenquencia participavam juntos de atividades físicas e se os amigos os encorajavam. A atividade física foi avaliada por meio de um acelerômetro usado com todas as crianças e seus amigos. Eles gravaram a média de atividades físicas vigorosas por dia e a média dos resultados do acelerômetro por minuto da criança e seu colega escolhido.
“Com tantas crianças não alcançando o padrão atual de atividades físicas estipulado no Reino Unido, existe a necessidade de identificar maneiras de fazê-las se exercitarem mais”, disse o autor do estudo, Russ Jago. “Nossas descobertas mostram que o apoio à atividade física entre amigos ou grupos de amigos e incentivar a criança a se exercitar com um amigo, particularmente fora da escola, pode trazer importantes mudanças no nível de atividade física da criança”, concluiu Jago.
Para a enfermeira, Natasha Stewart, do British Heart Foundation, “esta pesquisa prova a importância do ‘poder do amigo’ – simplesmente se exercitar na companhia de um amigo ou ter um colega como bom exemplo aumenta as chances da criança se manter em forma e ativa. Nós sabemos que crianças que se exercitam na infância têm mais chance de continuarem estes bons hábitos quando crescem, diminuindo os riscos de doenças no coração e circulatórias”. Ela comenta que iniciativas simples como encorajar seu filho a ir correr pela rua com o amigo dele pode ter um impacto enorme na saúde dele no futuro. [ScienceDaily]