Um estudo holandês mostrou que chefes mais durões podem ser, na verdade, uma vantagem (pelo menos para a empresa): algumas pessoas desempenham tarefas melhor quando recebem broncas. Já para outras, ser tratada com raiva pode sufocar a criatividade.
O que leva a essas respostas diferentes é o grau de “motivação epistêmica” da pessoa. A motivação epistêmica é uma característica ligada à personalidade do trabalhador e ao ambiente de trabalho, e mostra o grau de engajamento do funcionário e o seu desejo de entender uma situação.
Os com alta motivação epistêmica acabam “aproveitando” as broncas, mais do quando recebem uma resposta neutra do chefe a uma tarefa. Eles geram mais ideias, se mostram mais originais e abrangentes, e tornam-se mais empenhados se recebem respostas irritadas do chefe.
Já os com baixa motivação epistêmica interpretam a raiva do chefe como um sinal de que ele é um funcionário que está abaixo dos seus colegas de trabalho.
Ainda assim, o ambiente de trabalho pode alterar o grau de motivação epistêmica do trabalhador. A raiva só será um motivador eficaz para algumas pessoas e em condições adequadas, segundo os investigadores.
É improvável que a raiva funcione quando há muito estresse, pressão, ou barulho ao fundo. Mas pode dar resultado quando as pessoas estão em um ambiente descontraído, porque a mensagem é de que simplesmente precisam se esforçar mais, fazer melhor.
Os pesquisadores realizaram vários tipos de testes e chegaram a conclusão que as equipes com alta motivação epistêmica desempenham-se melhor quando seguem um líder bravo, rígido, enquanto as equipes com motivação epistêmica baixa desempenham-se melhor no comando de líder mais alegre, e neutro. [LiveScience]