A companhia petrolífera norte-americana Chevron assumiu total responsabilidade pelo derramamento de óleo em Campo de Frade, na Bacia de Campos. A empresa afirmou que subestimou a pressão de depósitos de petróleo debaixo d’água durante uma perfuração, o que resultou no vazamento.
De acordo com especialistas, mais de 416 mil litros de óleo vazaram desde o acidente, que aconteceu duas semanas atrás. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a Chevron será severamente punida por não ter mantido suas responsabilidades ambientais.
Especialistas em meio ambiente tentam avaliar a escala do derramamento, que pode ser muito mais grave do que o estimado. Os métodos utilizados pela Chevron para a limpeza da água também estão sendo questionados. Ao invés de recolher, a empresa estaria empurrando o óleo para o fundo do mar, colocando em risco uma área de corais.
Nos últimos anos, o Brasil tem descoberto bilhões de barris de petróleo em águas profundas, que podem transformar o país em um dos cinco principais produtores mundiais. Mas, até agora, houve pouco debate público sobre os perigos ambientais das perfurações. A discussão política tem se concentrado em como as futuras receitas do petróleo podem ser divididas entre os estados. [BBC]