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China investe em trens e quebra recorde de velocidade

Há poucos meses, os trens chineses conquistaram um recorde de velocidade (velocidade média, e não velocidade máxima) de 380 km/h na sua linha de Xangai para Pequim. Esta semana, eles aceleraram este recorde para a velocidade de 416,6 km/h, na sua nova linha entre Xangai e Hangzhou.

O trem anterior demorava cerca de 80 minutos para percorrer os 202 km entre as cidades. A nova linha normalmente viaja em torno de 350 km/h, cortando esse tempo para cerca de 40 minutos.

A Europa e o Japão há muito defendem o trem de alta velocidade, mas é a China que atualmente trabalha para instalar 25,75 mil quilômetros de via ferroviária de alta velocidade – e isso é aproximadamente um terço do comprimento de todo o sistema interestadual dos EUA.

A China já tem atualmente 6,92 mil quilômetros de via férrea, mais do que qualquer outra nação no mundo. Enquanto seus trens não são tão rápidos em relação aos modelos estrangeiros – o trem JR-Maglev, do Japão, alcança uma velocidade máxima de 581 km/h, e o TGV da França alcança 574,8 km/ h – sua velocidade média é imbatível.

O país pretende gastar 1,9 trilhões de reais no projeto. Em comparação, o presidente dos EUA, Barack Obama, vai gastar 21,94 bilhões de reais em investimento ferroviário de alta velocidade. Além disso, enquanto os EUA enfrentam um problema na implantação do sistema por causa das propriedades nas terras onde passariam o trem, o sistema chinês simplesmente mudou os proprietários de terra (apesar de seus protestos) e começou a construção.

O sistema de trem na China não é apenas de alta velocidade, mas também de grande volume – cabe muita gente. Ou seja, o sistema oferece aos seus cidadãos uma produtividade extra a cada ano, o que provavelmente vai trazer enormes benefícios sobre a economia. Por exemplo, o cidadão médio que utilizar as linhas novas vai economizar cerca de uma hora e vinte minutos por dia.

É claro que os custos são enormes e a China tem muito trabalho a fazer antes de alcançar seus objetivos ambiciosos, mas o país tem estabelecido um ritmo alucinante com os avanços tecnológicos. As linhas de trem são quase inteiramente geridas por empresas estatais, embora muitas sejam negociadas publicamente nas bolsas de Hong Kong e da China. [DailyTech]

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