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China planeja construção de base lunar no polo sul da Lua até 2035

Imagem retirada de um vídeo divulgado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA) que descreve seu conceito para uma base lunar a ser desenvolvida nas próximas décadas. (Crédito da imagem: Administração Espacial Nacional da China)

A China traçou metas ambiciosas para sua presença lunar: até 2035, o país espera ter uma base operando no polo sul da Lua. E, como se isso não fosse o suficiente, o plano ainda inclui uma versão estendida da base, que deverá estar pronta por volta de 2050, caso tudo siga conforme os astros – ou melhor, os planos.

Com uma pegada prática e tecnológica, a base será desenvolvida em fases. A primeira delas começará com o envio de uma série de foguetes pesados entre 2030 e 2035, estabelecendo uma estrutura robótica básica para a operação. A princípio, o projeto envolvia também a Rússia, mas parece que a China tomou a dianteira nesse passeio espacial.

Em uma conferência recente, realizada na província de Anhui, Wu Yanhua, designer-chefe do projeto chinês de exploração do espaço profundo, detalhou a missão com a confiança de quem já reservou o melhor lugar para assistir ao nascer da Terra da superfície lunar.

A fase inicial será construída no polo sul lunar e, a partir de 2050, a China espera ter uma espécie de “complexo lunar intergaláctico” (não, eles não usaram exatamente essas palavras, mas deveriam). A base contará com uma estação orbital que servirá de hub central, além de vários pontos de exploração espalhados pelo equador lunar e até no lado oculto da Lua – porque explorar o lado que já vemos seria muito mainstream.

Em termos de infraestrutura, a China não economizará energia – literalmente. A base será alimentada por painéis solares, geradores de radioisótopos e até energia nuclear. Nada de depender da luz das estrelas para manter a operação funcionando! Além disso, veículos como rovers tripulados e não tripulados e até um veículo saltador estarão à disposição para passeios lunares (espero que não precisem de CNH para dirigir por lá).

Para manter tudo isso conectado, a base terá uma rede de comunicação lunar de alta velocidade. Isso significa que, finalmente, poderemos enviar mensagens de “Boa noite, Lua” em tempo real.

Com essa iniciativa, a China está claramente posicionada para dominar não apenas o mercado terrestre, mas também o lunar – afinal, por que parar em um planeta, quando se pode ter a Lua também?

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