Os aneis interligados, conhecidos como catenans (com origem na palavra latina para “cadeia”), foram feitas a partir de fios torcidos do DNA e medem apenas 18 nanômetros de largura. O tom de casamento vem não apenas devido à forma dos aneis perfeitamente circulares, mas também porque Schmidt se casou enquanto estava trabalhando no experimento.
Porém, as alianças não são apenas um gesto romântico: por serem livremente manipuláveis, elas poderiam ser úteis em componentes de nano-máquinas ou motores moleculares.
“Nós ainda temos um longo caminho a percorrer antes que as estruturas de DNA, como o catenan possam ser empregadas em objetos de uso diário”, ressalta Alexander Heckel, colega de Schmidt na experiência e consultor da Universidade de Frankfurt, Alemanha. “Num futuro próximo, entretanto, as estruturas de DNA podem ser utilizadas no estudo de proteínas ou outras moléculas que são pequenas demais para um manuseio direto”, acredita.
A experiência, relatada na revista “Nano Letras”, envolveu a criação de dois fragmentos de DNA em forma de C que foram posicionados com suas extremidades abertas apontando um para o outro, porém afastados. Poliamida foi anexada aos DNAs para ligar os fragmentos e, em seguida, os pesquisadores adicionaram um oligonucleotídeo para fechar cada uma das seções em C e formar os anéis. A operação foi feita com química simples. Nenhuma pinça em escala nanométrica foi exigida. O estudo observa que o conjunto se assemelha a “anéis de casamento estilizados”.
E agora, a cereja do bolo: Schmidt, que está agora no Instituto Wyss de Engenharia Biológica de Harvard dedicou a experiência à sua esposa e colega Diana Gonçalves Schmidt, na ocasião do seu casamento. E aí, Príncipe William, consegue superar essa? [MSN]